São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2003 |
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PAINEL Papel timbrado O PMDB reunirá a sua Executiva na quinta para aprovar a aliança com o Planalto. A previsão é que, dos 13 membros, nove deverão votar a favor do apoio e dois, contra. Estima-se que haja duas abstenções, entre as quais a do representante do governador Jarbas Vasconcelos (PE). De aliança na mão O PMDB "lulista" decidiu antecipar a decisão sobre a aliança com o governo por dois motivos. O principal é cobrar mais rapidamente a fatura do governo. O segundo é que, com a entrada do PP (antigo PPB) na base aliada, aumentou a disputa pelos melhores cargos. Dote aprovado O Planalto entregará a Renan Calheiros (PMDB) a diretoria financeira da Ceal (Companhia Energética de Alagoas). O orçamento da empresa para 2003 é de R$ 430 mi. O senador já fez sua indicação, que poderá ser formalizada nesta semana. Corte político Para atender a Calheiros, o Planalto derrubou na última hora o nome da Eletrobrás, que chegou a ser indicado ao conselho da companhia alagoana. A intenção da estatal, sócia majoritária desta e de outras empresas estaduais, era evitar a politização de cargos desta natureza. Mesmo barco Lula convidou Roseana Sarney (MA), que trabalha para aproximar o PFL ao governo, a acompanhá-lo amanhã a Balsas (MA) e, em seguida, à posse de Nestor Kirchner na Argentina. Reunião formal O governo federal e o PFL chegaram a um acordo sobre o encontro de Lula com a bancada do partido. Não haverá mais almoço, mas apenas uma audiência oficial no Planalto. Reclamação partidária A direção do PSB procurou José Dirceu (Casa Civil) para reclamar da articulação do ministro para levar o governador Paulo Hartung (ES) ao PMDB. Tese de defesa Na sua resposta à interpelação do STF, Lula dirá que não quis "ofender" o Judiciário ao defender em discurso a abertura da "caixa-preta" de um Poder que "muitas vezes se sente intocável". Argumenta que falava "em tese" sobre o "problema da segurança pública" no Brasil. Ajuda secreta A PF do Rio e a Secretaria de Segurança Pública do Estado dizem que o Planalto ainda não enviou a tropa de elite prometida por Thomaz Bastos (Justiça). O ministério, porém, afirma que "alguns" já estão em operação, mas não pode revelar o número exato nem o setor de atuação. Com a barriga Governadores têm reclamado que, após apoiar publicamente as reformas, não conseguiram mais se reunir com Lula. Desconfiam que é o jeito que o presidente encontrou para postergar a solução de problemas estaduais que prometera resolver. Braço forte Os deputados João Fontes (SE) e Antonio Carlos Biscaia (RJ) deverão ser retirados da Comissão de Constituição e Justiça pela cúpula do PT. A não ser que defendam publicamente o governo e os textos das reformas na reunião de hoje da comissão. Fumaça ao vento O relatório da medida provisória que regulamenta propaganda de cigarros em transmissões de automobilismo, que poderá ser votado hoje, prevê que a cada dez minutos seja lida uma mensagem com alertas sobre os males do fumo. Hoje, o intervalo previsto é de 15 minutos. Ah, bom O deputado Armando Monteiro (PTB), presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), afirma que votou contra o aumento de impostos na medida provisória 107. Mas, por problemas técnicos, seu voto não teria sido registrado no sistema eletrônico da Câmara. TIROTEIO Do ex-governador Fleury Filho (SP), deputado federal pelo PTB, sobre os advogados que integram o "movimento antiterror", criado para se contrapor aos projetos de endurecimento da legislação penal: - Eu prefiro ficar ao lado da sociedade aterrorizada, e não com os poetas do direito penal. CONTRAPONTO Não basta ser avô
O deputado Gonzaga Patriota
(PSB-PE), presidente do Clube
do Congresso, tem um neto de
nove anos que é vidrado em
aviões. Basta ver um no céu para
seus olhos brilharem. Ele nunca
havia viajado de avião, mas vivia
insistindo: |
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