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Para ex-ministro, tetos
devem ser diferentes
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O deputado federal Roberto
Brant (PFL-MG), presidente da
comissão especial da reforma da
Previdência na Câmara, defendeu
ontem que ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) tenham
um teto de aposentadoria inferior
ao valor máximo dos salários dos
ministros da ativa.
A declaração foi feita durante
café da manhã com empresários
na Associação Comercial de Minas Gerais. O ex-ministro da Previdência de FHC, que elogiou o
governo Lula pela proposição da
reforma, disse que é um "erro" o
teto de R$ 17 mil -remuneração
de um ministro do STF.
"O teto deveria ser uma coisa
entre R$ 10 mil e R$ 12 mil, e se excetuariam os ministros do Supremo em atividade. Não é muito o
ministro do Supremo ganhar R$
17 mil, o que é muito é eles se aposentarem com R$ 17 mil", disse.
Em entrevista, ele disse que a fixação do teto de R$ 17 mil seria
"legitimar situações de grande
iniquidade", considerando que a
média das aposentadorias do
INSS é de R$ 362.
Piso de contribuição
Outro ponto polêmico abordado por Brant na sua fala aos empresários foi a questão do piso de
contribuição à Previdência. A
proposta do governo fixou-o em
R$ 1.058. Questionado sobre a
proposta, disse que isso é o que
ouviu dizer na comissão, mas que
não participa dessa discussão.
Em dois momentos, Brant criticou alguns pefelistas, aos quais
não deu nomes. Disse que PSDB e
PFL têm o "dever elementar" de
aprovar a reforma, que, segundo
ele, partiu da proposta da gestão
FHC, mas que "avançou mais"
em relação a ela.
(PAULO PEIXOTO)
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