São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2008

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"Não vou virar vidraça", afirma novo ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Tremei poluidores". Com essa palavra de ordem -e sem seguir o protocolo do terno e gravata-, o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, chegou a Brasília ontem para a primeira conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que foi convidado a assumir o cargo, por telefone.
No caminho até o Planalto, defendeu uma coleção de propostas, recuou nas primeiras que havia lançado antes de chegar a Brasília, se apresentou como continuador da política ambiental conduzida pela ex-ministra Marina Silva e não deixou dúvidas sobre seu estilo: "Sou performático, continuarei performático, não vou virar vidraça, não vou me enforcar na gravata. Vocês vão me ver por aí combatendo crimes ambientais."
O ministro disse que faz o gênero "insistente e persistente" e que chega a Brasília com disposição de lidar com as pressões de setores do agronegócio contrários ao combate ao desmatamento na Amazônia. "Pretendo ser o ministro do diálogo."
Entre as novas propostas que lançou, Carlos Minc prometeu criar um disque-denúncia verde e defendeu mais rigor na punição aos crimes ambientais, cuja legislação chegou a classificar de "muito frouxa".
Segundo ele, o destino de desmatadores e poluidores deve ser a prisão, "de preferência, plantando muita árvore e limpando rio". Também chamou de "frouxos" os critérios para controlar a emissão de gases de efeito estufa, propondo torná-los mais rigorosos. (MS)


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