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"Não vou virar vidraça", afirma novo ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"Tremei poluidores". Com
essa palavra de ordem -e
sem seguir o protocolo do
terno e gravata-, o novo ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, chegou a Brasília ontem para a primeira
conversa com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva desde que foi convidado a assumir o cargo, por telefone.
No caminho até o Planalto,
defendeu uma coleção de
propostas, recuou nas primeiras que havia lançado antes de chegar a Brasília, se
apresentou como continuador da política ambiental
conduzida pela ex-ministra
Marina Silva e não deixou
dúvidas sobre seu estilo:
"Sou performático, continuarei performático, não
vou virar vidraça, não vou me
enforcar na gravata. Vocês
vão me ver por aí combatendo crimes ambientais."
O ministro disse que faz o
gênero "insistente e persistente" e que chega a Brasília
com disposição de lidar com
as pressões de setores do
agronegócio contrários ao
combate ao desmatamento
na Amazônia. "Pretendo ser
o ministro do diálogo."
Entre as novas propostas
que lançou, Carlos Minc prometeu criar um disque-denúncia verde e defendeu
mais rigor na punição aos
crimes ambientais, cuja legislação chegou a classificar
de "muito frouxa".
Segundo ele, o destino de
desmatadores e poluidores
deve ser a prisão, "de preferência, plantando muita árvore e limpando rio". Também chamou de "frouxos" os critérios para controlar a
emissão de gases de efeito estufa, propondo torná-los
mais rigorosos.
(MS)
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