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São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2003

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PAINEL

Pegar ou largar
Após voltar dos Estados Unidos, Lula convocará seus ministros para lhes explicar detalhadamente o que cada um poderá gastar no segundo semestre. A intenção é deixar claro que, quem não concordar com a sua fração de descontingenciamento, deve deixar a Esplanada.

Lei da mordaça
O Planalto resolveu chamar os ministros para dar um basta às queixas públicas. Lula ficou incomodado especialmente com as reclamações de Anderson Adauto (Transporte) e Cristovam Buarque (Educação). Falta definir se haverá reunião coletiva ou conversas individuais.

Protesto estudantil
Reunida em congresso em Goiânia (GO), a UNE deverá aprovar resolução com críticas à reforma da Previdência. A entidade é contra a taxação dos inativos, a Previdência complementar privada e o fim da integralidade da aposentadoria dos professores universitários.

Piada pronta
Resposta irônica de aliados de Lula ao protesto "Acorda, Lula", promovido por Anthony Garotinho (PSB) no Rio de Janeiro: "Vai dormir, Garotinho!".

Dano colateral
Ao propor mudar a legislação tributária para acabar com a guerra fiscal, a reforma apresentada por Lula afetará as leis de apoio à cultura. Pelo texto encaminhado à Câmara, os Estados não poderão mais oferecer incentivos fiscais de ICMS.

Incentivo fiscal
Alertado pelo governo mineiro, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apresentará emenda à reforma tributária resguardando os incentivos fiscais para quem apóia projetos culturais.

Política de resultados
O PL pressiona o Planalto a entregar ao partido a superintendência da Receita em Belém, que engloba a região amazônica. O candidato a padrinho é o deputado Carlos Souza (AM).

Violência no campo
Panfletos anônimos foram distribuídos em São Gabriel (RS) pedindo que munícipes disparem "com arma de caça, calibre 22", contra um acampamento do MST. Cópia do texto foi encaminhado pela entidade dos sem-terra à Polícia Federal.

Caso de polícia
O panfleto, espalhado em resposta à uma marcha do MST realizada em São Gabriel, aconselha proprietários de aviões agrícolas a pulverizar acampamento da entidade com cem litros de gasolina. "Sempre haverá uma vela acesa para terminar o serviço", prega o texto.

Poder de veto
Apontada pelo PT na campanha presidencial como uma das suas prioridades, a reforma política deverá ser excluída da pauta da convocação extraordinária da Câmara. Motivo: Bispo Rodrigues (PL-RJ), da Igreja Universal, diz que não a aceita.

Justa causa
Tribunais brasileiros estão revendo sua jurisprudência e condenando empregadores por "assédio moral" -situação na qual o empregado é forçado a executar tarefas inúteis, visando sua demissão. Nos últimos doze meses, houve duas sentenças com pagamento de indenização.

Tortura psicológica
Numa delas, no TRT da 17ª região, no ES, o juiz decidiu que houve "tortura psicológica destinada a golpear a auto-estima do empregado, sobrecarregado-o com tarefas inúteis".

Nova jurisprudência
A segunda condenação por assédio moral ocorreu no TST. Uma administradora, hoje com 75 anos, foi exonerada do cargo de "gerente operacional 2" em empresa do Rio no mesmo dia em que passou a vigorar o novo plano de cargos e salários.

TIROTEIO

Do deputado estadual Cândido Vaccarezza (PT-SP), sobre o colega Renato Simôes reclamar de José Genoino:
- Genoino tem autoridade para emitir qualquer opinião sobre a bancada. Em relação à atuação do PT na Assembléia paulista, ao contrário do que diz Simões, Genoino foi solidário com a nossa posição. O projeto de Geraldo Alckmin não é uma reforma da Previdência, mas um simples reajuste ilegal.

CONTRAPONTO

Clima cordial

Líder do PMDB na Câmara, Eunício de Oliveira convocou sua bancada na terça-feira passada para um café da manhã. Aliado de Lula desde o segundo turno da campanha presidencial, o parlamentar tenta obter um consenso no partido em torno das reformas.
No encontro, Oliveira fazia um discurso entusiasmado na defesa do governo Lula. Mas foi interrompido por João Correia (AC), que o provocou:
- Eu e todo o PMDB somos maltratados pelo governo petista no Acre. Em Brasília, percebo com surpresa que o líder do meu partido virou líder do PT.
Alberto Fraga (DF), que também não aceita que o partido integre a base de Lula, corrigiu o colega, alfinetando ainda mais o líder da bancada:
- Não é verdade que o Eunício seja líder do PT. Por favor, não é verdade. Ele é líder do governo Lula e pelego do PT!



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