São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 2006

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Audiência global

Em destaque no site da BBC, ontem, "Copa marca com os telespectadores". Era um levantamento sobre "audiência global", da Initiative, de análise de mídia, em 23 países. A audiência nos primeiros cinco dias saltou 26% em relação a 2002. E "o mais popular foi a vitória do Brasil sobre a Croácia, vista por 60 milhões de pessoas". Os números ajudam a vislumbrar o que representam, em dinheiro, a seleção e a transmissão.

Ajudam a entender também por que a Band resistiu à concentração da TV paga nas Globos e associados -a ponto de atacar publicamente o ministro das Comunicações.
A mesma Band que, com direito de transmissão pelo BandSports, ainda se permite questionar o monopólio, com Barbara Gancia, Mauro Beting e outros, pelos serviços pagos NeoTV e DirecTV.
 
Mais repercussão, porém, tem o canal ESPN Brasil.
Com a singularidade de que, até conseguir o mesmo direito de transmissão, cedeu parte de seu controle à Globo e entrou no sistema Net/Sky. E não se ouviram mais, como antes, críticas ao monopólio.
Ainda assim o canal perdeu, antes da Copa, seu principal locutor e dois comentaristas. Para a SporTV, da Globo.
 
ESPN e SporTV, vale dizer, estão em disputa no torneio da musa da Copa, criado para Fátima Bernardes em 2002. Soninha, também blogueira da Folha Online, surge toda tarde no primeiro canal, ancorando o debate pós-rodada.
E a SporTV levou ontem, no mesmo horário e insinuando outras participações, a atriz Maitê Proença -anunciada como a namorada do assessor de imprensa da CBF. Do apresentador, a certa altura:
- O chat está bombando... O pessoal está impressionado com a sua sensibilidade.

TORNEIO


Em réplica a Soninha na ESPN, o SporTV levou Maitê Proença, que relatou a convivência com Ronaldo e perguntou, "sabe que ele produz a minha peça?"

AS FERRAMENTAS
Há dez anos, em célebre edição da esquerdista "Nation", surgia o quadro dos quatro conglomerados de mídia que concentravam o setor nos EUA. O quadro voltou na nova edição da revista, e agora são seis: News Corp., General Electric, Disney, Time Warner, Viacom e CBS.
Na própria "Nation", porém, começou uma polêmica, com texto do blogueiro Markos Moulitsas cobrando "usar as ferramentas" da internet em vez de seguir com a luta "anacrônica" anticoncentração. No editorial, a revista diz que "esperar que a internet nos liberte não é o bastante".


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@ - Nelson de Sá


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