São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 2006

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Reunião do PSDB deixa pefelistas contrariados

SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Às vésperas da convenção nacional do PFL, a coordenação da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) fez ontem sua primeira reunião técnica, em Brasília, mas sem nenhum integrante do seu principal aliado na disputa presidencial.
Foi o mais amplo encontro da cúpula tucana com os técnicos que atuarão na campanha. Estiveram à mesa, na sede do PSDB, o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), o coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra (PE), o responsável pela comunicação, Luiz González, o coordenador do programa de governo, João Carlos Meirelles, e o subcoordenador, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso. Alckmin estava em São Paulo.
"Não é uma reunião política, é operacional", disse Tasso, explicando a ausência de pefelistas no encontro. "Isso é reunião de trabalho, para falar de infra-estrutura", concluiu.
Nos bastidores, líderes do PFL queixaram-se do isolamento e criticaram os tucanos pelas falhas na agenda de viagens de Alckmin. As reclamações só não se tornaram públicas ontem por orientação do presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que tentou evitar uma nova crise próxima da convenção, marcada para amanhã.
Na reunião da noite de ontem também foram apresentados novos membros que vão compor o chamado corpo técnico da campanha, a maioria na assessoria jurídica, chefiados pelo advogado José Eduardo Alckmin, especialista em direito eleitoral.
Tasso disse também que a campanha terá dois subcoordenadores: Eduardo Jorge, nas áreas administrativa e logística, e o vereador José Aníbal como auxiliar no campo político.
Os dois pontos centrais da reunião foram a emergência de uma agenda estratégica de viagens e o funcionamento do comitê central, em Brasília.

PFL na TV
O programa do PFL exibido ontem à noite em São Paulo chamou o governo Lula de incompetente e corrupto, mostrou os petistas acusados de envolvimento com o escândalo do mensalão e criticou a gestão do governo federal em áreas como educação e saúde.
Em contraste, usava imagens do governo e da prefeitura de São Paulo, chamando as gestões então comandadas pelos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra (candidato ao governo estadual) e hoje em mãos pefelistas de "exemplos de competência". Cláudio Lembo, governador do Estado, apareceu três vezes no programa. Não fez nenhum ataque ao governo Lula.


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