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Reunião do PSDB deixa pefelistas contrariados
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Às vésperas da convenção
nacional do PFL, a coordenação da campanha de Geraldo
Alckmin (PSDB) fez ontem sua
primeira reunião técnica, em
Brasília, mas sem nenhum integrante do seu principal aliado
na disputa presidencial.
Foi o mais amplo encontro
da cúpula tucana com os técnicos que atuarão na campanha.
Estiveram à mesa, na sede do
PSDB, o presidente do partido,
senador Tasso Jereissati (CE),
o coordenador da campanha,
senador Sérgio Guerra (PE), o
responsável pela comunicação,
Luiz González, o coordenador
do programa de governo, João
Carlos Meirelles, e o subcoordenador, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência
no governo Fernando Henrique Cardoso. Alckmin estava
em São Paulo.
"Não é uma reunião política,
é operacional", disse Tasso, explicando a ausência de pefelistas no encontro. "Isso é reunião
de trabalho, para falar de infra-estrutura", concluiu.
Nos bastidores, líderes do
PFL queixaram-se do isolamento e criticaram os tucanos
pelas falhas na agenda de viagens de Alckmin. As reclamações só não se tornaram públicas ontem por orientação do
presidente do partido, senador
Jorge Bornhausen (SC), que
tentou evitar uma nova crise
próxima da convenção, marcada para amanhã.
Na reunião da noite de ontem também foram apresentados novos membros que vão
compor o chamado corpo técnico da campanha, a maioria na
assessoria jurídica, chefiados
pelo advogado José Eduardo
Alckmin, especialista em direito eleitoral.
Tasso disse também que a
campanha terá dois subcoordenadores: Eduardo Jorge, nas
áreas administrativa e logística,
e o vereador José Aníbal como
auxiliar no campo político.
Os dois pontos centrais da
reunião foram a emergência de
uma agenda estratégica de viagens e o funcionamento do comitê central, em Brasília.
PFL na TV
O programa do PFL exibido
ontem à noite em São Paulo
chamou o governo Lula de incompetente e corrupto, mostrou os petistas acusados de envolvimento com o escândalo do
mensalão e criticou a gestão do
governo federal em áreas como
educação e saúde.
Em contraste, usava imagens
do governo e da prefeitura de
São Paulo, chamando as gestões então comandadas pelos
tucanos Geraldo Alckmin e José Serra (candidato ao governo
estadual) e hoje em mãos pefelistas de "exemplos de competência". Cláudio Lembo, governador do Estado, apareceu três
vezes no programa. Não fez nenhum ataque ao governo Lula.
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