|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Foco
Sindicalistas e petistas atacam oposição e fazem ato de apoio à Petrobras
DA REPORTAGEM LOCAL
Sindicalistas e políticos do
PT realizaram ontem pela
manhã, em São Paulo, um ato
em "defesa da Petrobras e da
soberania nacional". Cerca de
500 pessoas (na estimativa da
polícia) se reuniram na avenida Paulista, em frente ao prédio da empresa.
O ato foi organizado pela
CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e
CGTB (Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil).
Nos discursos, as palavras
de ordem foram de ataques à
oposição, especialmente ao
PSDB e ao DEM, por conta da
CPI da Petrobras, que ainda
não foi instalada no Senado.
"A Petrobras é nossa" e "Direita entreguista" foram alguns dos gritos de guerra. Os
manifestantes fizeram críticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
e elogiaram a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), fazendo referências à eleição presidencial do
ano que vem.
Repetindo uma estratégia
já utilizada pela base governista em Brasília, o presidente nacional da CUT, Artur
Henrique, disse que a CPI pode prejudicar as ações da empresa no mercado.
Henrique declarou também que a CPI foi criada para
abrir caminho para uma possível privatização da empresa. "A CUT é a favor de qualquer CPI, desde que ela seja
transparente. O interesse que
alguns partidos têm nisso é
fazer dela um palanque político para as eleições do ano que
vem. E o pior é que podem fazer dela um gancho para uma
futura privatização", disse o
sindicalista.
Segundo ele, a CPI da Petrobras pode atrasar investimentos da estatal e do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento).
Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP, afirmou
que os sindicalistas defendem o "patrimônio público".
"Não queremos que aconteça
o que ocorreu com outras estatais", disse, para completar
com críticas a planos de privatização do governador paulista, José Serra (PSDB).
O deputado federal José
Genoino (PT-SP) deixou o local sem discursar ou dar entrevistas. Deputados estaduais do PT também estiveram presentes, como Adriano
Diogo e Marcos Martins.
Texto Anterior: Justiça: Novo código ambiental de SC é questionado no Supremo Próximo Texto: Pode haver injustiças em indenizações no Araguaia, diz União Índice
|