São Paulo, sábado, 20 de junho de 1998

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DIREITOS HUMANOS
Caso se refere a ossadas
ONG critica atuação do governo alagoano

da Agência Folha, em Maceió

O diretor no Brasil da Divisão das Américas da Human Rights Watch, James Louis Cavallaro, denunciou ontem, em Maceió, o descaso do governo alagoano com as 32 ossadas humanas encontradas há quatro meses em cemitérios clandestinos.
As ossadas foram localizadas durante operação de combate ao crime organizado no Estado. Em visita ontem ao IML (Instituto Médico Legal), o diretor da Human Rights Watch, organização não-governamental norte-americana de defesa dos direitos humanos, constatou que das 32 ossadas 12 haviam desaparecido e que as demais estavam jogadas no chão de uma sala do instituto.
"Em Alagoas lidam com os corpos humanos como se fossem lixo. Quem vai ao IML passa mal. É uma tristeza ver ossos humanos de diferentes pessoas misturados em sacos plásticos ou espalhados pelo chão, e as famílias sem ter resposta sobre o paradeiro de seus parentes", afirmou Cavallaro.
Nenhuma das 123 famílias que se cadastraram à procura de parentes tiveram resposta positiva.



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