TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO

No lançamento da campanha à reeleição da governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), quem roubou a cena foi a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT). Nos 40 minutos de caminhada, ela distribuiu sorrisos, arrancou aplausos dos passantes e caiu no samba ao meio-dia, hora do comício, numa praça do centro. Evangélica, Benedita não atendeu ao chamado da prefeita para dançar ao som do jingle da campanha, cantado pelo sambista Neguinho da Beija-Flor.
Já o antropólogo Luís Eduardo Soares, candidato a vice-governador na chapa de Benedita, não titubeou. Puxado pelo braço por Marta, ele a abraçou e sambou diante das cerca de 300 pessoas que acompanhavam o comício. Na platéia, atento, o namorado da prefeita, o franco-argentino Luis Favre. Ele não dançou.
O entusiasmo da prefeita também se manifestou no discurso. Ela fez elogios aos fluminenses: "Imaginam outro lugar que teria eleito Benedita? É um lugar menos preconceituoso e que abre espaço para a mulher".
Disse que Benedita está apenas tentando terminar o mandato de outro (o atual candidato à Presidência pelo PSB, Anthony Garotinho) "com dignidade" e que é injusto fazer cobranças a quem está há três meses no governo.
"Eu, que vim de uma massa falida de [Paulo" Maluf e [Celso" Pitta, sei bem o que é isso", disse.
Benedita falou ontem da conta que mantém na agência do Banco do Brasil em Miami, na qual possui R$ 10.491. "Sempre declarei: minha neta estudou nos EUA e eu faço palestras no exterior. Uso essa conta para que depositem, porque não faço gratuitamente."


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