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Ao lado de ACM, Tasso diz que não
vai se engajar na campanha de Serra
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB) afirmou ontem que não irá se engajar na
campanha presidencial de seu
companheiro de partido, José
Serra (PSDB), mesmo depois da
queda do tucano nas pesquisas.
"Não vou mudar nada, vou continuar como sempre estive. Tenho
uma campanha muito difícil aqui
e estou engajado nessa campanha", disse Tasso, ao lado do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), que já divulgou apoio
ao candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes.
Tasso e ACM chegaram juntos,
no carro do ex-governador do
Ceará, que dirigia, ao evento de
comemoração dos 50 anos de
existência do BNB (Banco do
Nordeste do Brasil), na sede do
banco, em Fortaleza.
Os dois almoçaram juntos na
casa de Tasso em companhia de
uma comitiva baiana: o ex-governador da Bahia César Borges, o
prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy (PFL), e o candidato do
PFL ao governo, Paulo Souto.
ACM afirmou que aproveitou
para se "aconselhar com Tasso"
sobre "o que é possível fazer na
Bahia pela candidatura de Ciro",
apesar de afirmar que reconhece
que Tasso "é homem de partido".
Tasso não só disse que não irá se
engajar na campanha de Serra como também afirmou que não tem
participado de nenhuma conversa sobre a campanha.
Quando questionado sobre o
porquê da inexistência da campanha de Serra no Ceará, primeiro
afirmou que essa pergunta deveria ser feita à própria campanha
de Serra. Depois, disse que a pergunta deveria ser feita a Sergio
Machado, candidato do PMDB ao
governo do Estado e um de seus
principais adversários políticos
no Estado, "até porque o PMDB
disputava o lugar de palanque
preferencial".
Para o tucano, é "difícil" Serra
melhorar seu desempenho eleitoral no Estado. "O Ciro é um candidato cearense e é muito difícil, como já foi em 1998, um candidato
que possa se confrontar com o Ciro, que tem um prestígio eleitoral
muito grande aqui, até pela questão do orgulho do cearense de ter
um candidato."
Na opinião de ACM, Serra não
vai conseguir subir nas pesquisas
nem mesmo "sorrindo". "Ele não
consegue sorrir porque o sorriso
dele é sempre forçado, não alegra
de jeito nenhum", disse.
"É a foto para Serra, é a foto de
presente para José Serra" exaltava
um grupo de cabos eleitorais de
Ciro, quando os sorridentes Tasso
e ACM puxavam uma fila de
"ilustres" ao chegar aos festejos
do Banco do Nordeste.
"Esse aí reduziu os juros, mas
não gosta do homem", insistia o
grupo pró-Ciro, apontando para
o ministro da Fazenda, Pedro Malan, que posava para os fotógrafos
ao lado de ACM, Tasso, ministro
Pedro Parente (Casa Civil) e governadores da região.
ACM ironizava o tempo inteiro:
"Agora falam que Ciro parece
com o Collor, mas esquecem que
Fernando Henrique quase vira
ministro das Relações Exteriores
collorido. O governo está cheio de
colloridos", disse.
Colaborou XICO SÁ, enviado especial a
Fortaleza
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