São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 2005

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Juiz de Minas transfere inquérito do "mensalão" para o Supremo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O juiz da 4ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais, Jorge Macedo Costa, em nota divulgada pela assessoria do órgão, informou que "determinou a imediata remessa dos autos e de toda a documentação relativa ao mesmo [suposto "mensalão'] ao STF [Supremo Tribunal Federal), com sede em Brasília".
Isso significa que o juiz declinou da competência de conduzir o inquérito do "mensalão", suposto pagamento de propina a deputados aliados do governo Lula. O fato de o STF investigar agora o caso supõe que há envolvimento de pessoas que dispõem de foro privilegiado -caso de deputados, ministros e governadores de Estado. A 4ª Vara alegou sigilo para não dar mais informações.
Desde a semana passada, estariam em poder do juiz documentos apreendidos pela Polícia Federal em um depósito do Banco Rural na cidade de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, e na agência do Rural no Brasília Shopping. Essa busca e apreensão, determinada por ele, deveu-se ao depoimento à PF do ex-tesoureiro do Banco Rural José Francisco de Almeida Rego em Brasília, no último dia 6.
Rego relatou como eram feitas as remessas de dinheiro, de Minas para Brasília, pela SMPB Comunicação, uma das agências de publicidade em que Marcos Valério de Souza era sócio.
Na noite de anteontem, a 23ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais acatou solicitação da DNA Propaganda, agência em que Valério é sócio, e determinou que sejam mantidos bloqueados nas contas bancárias da empresa apenas os valores referentes às comissões da agência, segundo o advogado da empresa. A agência alegava que não tinha como pagar os fornecedores. (PAULO PEIXOTO)


Colaborou a Sucursal de Brasília

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