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Juiz de Minas transfere inquérito do "mensalão" para o Supremo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O juiz da 4ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais, Jorge Macedo Costa, em nota divulgada
pela assessoria do órgão, informou que "determinou a imediata
remessa dos autos e de toda a documentação relativa ao mesmo
[suposto "mensalão'] ao STF [Supremo Tribunal Federal), com sede em Brasília".
Isso significa que o juiz declinou
da competência de conduzir o inquérito do "mensalão", suposto
pagamento de propina a deputados aliados do governo Lula. O fato de o STF investigar agora o caso
supõe que há envolvimento de
pessoas que dispõem de foro privilegiado -caso de deputados,
ministros e governadores de Estado. A 4ª Vara alegou sigilo para
não dar mais informações.
Desde a semana passada, estariam em poder do juiz documentos apreendidos pela Polícia Federal em um depósito do Banco Rural na cidade de Lagoa Santa, na
região metropolitana de Belo Horizonte, e na agência do Rural no
Brasília Shopping. Essa busca e
apreensão, determinada por ele,
deveu-se ao depoimento à PF do
ex-tesoureiro do Banco Rural José
Francisco de Almeida Rego em
Brasília, no último dia 6.
Rego relatou como eram feitas
as remessas de dinheiro, de Minas
para Brasília, pela SMPB Comunicação, uma das agências de publicidade em que Marcos Valério
de Souza era sócio.
Na noite de anteontem, a 23ª
Vara da Justiça Federal em Minas
Gerais acatou solicitação da DNA
Propaganda, agência em que Valério é sócio, e determinou que sejam mantidos bloqueados nas
contas bancárias da empresa apenas os valores referentes às comissões da agência, segundo o advogado da empresa. A agência alegava que não tinha como pagar os
fornecedores.
(PAULO PEIXOTO)
Colaborou a Sucursal de Brasília
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