São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2000


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PAINEL

Contatos imediatos
Antes de viajar para Cleveland, nos Estados Unidos, e submeter-se a exames médicos, Tasso Jereissati (CE) costurou um pacto de não-agressão entre ACM (PFL) e o presidenciável Ciro (PPS). Os dois concordaram em manter as armas no coldre. Pelo menos por enquanto.

Caiu da cama
Aposta de um cacique tucano: Tasso desgruda de Ciro e alça seu vôo presidencial após a eleição para prefeito de Fortaleza, onde os dois jogam suas fichas na eleição de Patrícia Gomes. Comentário de um aliado de Ciro: "Após o pesadelo FHC, este é só mais um sonho tucano".

Bilhete azul
O presidente da Caixa Seguros (antiga Sasse), Pedro de Freitas, está com os dias contados no cargo. Só não sai agora para não parecer que caiu por causa de suas relações com EJ. Pesou na decisão, sobretudo, a contratação de duas agências de publicidade ligadas ao PFL.

Fumaça pela fresta
Reunidos com FHC para discutir oficialmente a alteração na medida provisória que impõe censura prévia à publicidade de cosméticos e agrotóxicos, entre outros, os representantes dos meios de comunicação que foram na sexta ao Alvorada estavam preocupados de fato com o projeto de José Serra, que prevê o fim da propaganda de cigarro.

Corte baiana
O Ministério Público está investigando assessores de ACM que estariam fazendo lobby em favor da TBA Informática, empresa contratada sem licitação por órgãos do governo. O caso tem conexão com as irregularidades que levaram à queda do presidente de Serpro, Sérgio Ribeiro, um amigão de EJ.

Mui amigos
Às vésperas da divulgação de um código de conduta para o funcionalismo, que FHC lança amanhã, Emílio Carazzai (CEF) recebeu um convite e tanto: ir a Sidney, para as Olimpíadas, com tudo pago pela IBM. "Tô fora!", diz o presidente da Caixa.

No colete
Além de idéias para a reformulação da Comissão de Orçamento do Congresso, o Ministério do Planejamento tem candidato para sua presidência: Alberto Goldman. Só falta combinar com a bancada tucana.

Primeiros passos
O Fórum Trabalhista não foi a primeira obra do juiz Nicolau no TRT-SP a driblar a legislação. Em 90, Lalau fez pagamentos antecipados a uma desconhecida empreiteira, a Construtora Construclini, contratada sem licitação para recuperar a fachada da sede do tribunal.
Caminho das pedras
A irregularidade foi constatada pelos órgãos técnicos do TCU. Lalau alegou que contratou a empresa em "caráter emergencial", diante das "quedas das pedras da fachada do tribunal". O plenário do TCU acabou relevando as irregularidades e aprovou as contas.
Segunda mão
Em 92, Lalau voltaria a surpreender, adquirindo automóveis "seminovos" para o TRT-SP, como sendo veículos para uso de funcionários e juízes de 16 novas Juntas, o que não é permitido pela legislação. O TCU deixou de multá-lo, alegando não ter havido danos ao erário.

Sucessor à altura
Adversários fazem piada do bordão "tá na hora de votar em um Zé para prefeito", de José de Abreu (PTN), candidato lançado por Celso Pitta: "Depois do Mané, tá na hora de votar em um Zé para prefeito".
Cuidando do quintal
Convidada por candidatos pefelistas de todo o país a participar de campanhas a prefeito, Roseana Sarney preferiu entrincheirar-se no Maranhão. Para garantir a base com a qual pretende eleger o sucessor e conseguir, pelo menos, uma vaga no Senado em 2002.

TIROTEIO

De Delfim Netto (PPB), sobre a volta do controle de preços pelo governo, provocada pelo repique da inflação:
- Bastou os economistas do "mainstream" levarem um susto, provocado por eles mesmos, para que virassem todos intervencionistas. Ai, que saudades do liberalismo!

CONTRAPONTO

Fagundes baiano

Apesar de ter sofrido alguns revezes políticos, ACM (PFL-BA) continua sendo considerado, mesmo por seus adversários, um PhD em política.
Sorte do ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral). Recentemente, o tucano recebeu uma aula do baiano para se dar bem na coordenação política do governo.
Primeira lição de ACM:
- Procure saber sempre com quem seu chefe está de bem. E trate sempre bem essa pessoa.
Segunda lição, mais importante do que a primeira:
- Jamais trate de sucessão presidencial com o chefe.
ACM não esquece que José Sarney (PMDB-AP) tinha urticárias sempre que alguém o lembrava de que seu mandato estava se aproximando do final. E arrematou:
- Se ele puxar esse assunto, desvie a conversa. Não fale disso. Nunca!


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