São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2000
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ELEIÇÕES/SÃO PAULO Alckmin já se vale de Covas e FHC LUCAS FIGUEIREDO DA REPORTAGEM LOCAL A estratégia do PSDB de vincular seu candidato à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao governador Mário Covas e ao presidente Fernando Henrique Cardoso começa a render resultados. Na sexta, Alckmin recebeu o apoio da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) pelo fato estar politicamente próximo de Covas e FHC. A entidade reúne donos de cerca de 100 mil lojas. O candidato agradeceu o apoio prometendo, caso seja eleito, a implantação de projetos que dependem de decisões dos governos estadual e federal. "Se Alckmin for eleito, por pelo menos dois anos o prefeito de São Paulo será do mesmo partido do governador e do presidente. Se tivermos um prefeito de oposição, vamos ter problemas novamente", disse o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, durante almoço com o candidato tucano. Segundo Conz, a opção por Alckmin é uma "questão de visão muito prática". "A chance para São Paulo chama-se hoje Geraldo Alckmin", declarou. O candidato tucano acenou ainda com a eventual implantação de medidas de interesse do setor que dependem de decisão dos governos estadual e federal. Disse, por exemplo, que a iniciativa privada tem de receber financiamentos em condições favoráveis para investir no mercado de moradia popular. O dinheiro, segundo Alckmin, viria "principalmente do governo federal, que tem o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)". Ele declarou também que projeto da prefeitura para construção de moradias populares podem ser implantados utilizando-se terrenos pertencentes ao Estado. Após o almoço, Alckmin foi questionado pelos jornalistas sobre como pretende implantar projetos que dependem de decisão de outros níveis de governo. "O Estado e a União têm responsabilidades. Cabe ao poder municipal articular esse trabalho conjunto. Vamos batalhar por isso." Ao expor aos empresários o seu projeto de revitalizar o centro da cidade e transformar a região numa área de cinemas e teatros, Alckmin afirmou que está tratando do assunto com o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, também filiado ao PSDB. "Há 15 dias, falamos com o Pimenta da Veiga sobre o projeto do Ministério das Comunicações de transformar o prédio dos Correios (na avenida São João) num centro cultural", disse Alckmin. O candidato tucano também citou exemplos de como o governo estadual e a atual administração de São Paulo trabalham em projetos antagônicos nas áreas de saúde e transportes. "Para onde um vai, o outro vai para o outro lado." Texto Anterior: Estilo "trágico" divide os aliados de Maluf Próximo Texto: Coordenador diz que bancada vai aparecer terça Índice |
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