São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2004

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IMPRENSA

Entidade completa 25 anos e critica Conselho Federal de Jornalismo

ANJ defende liberdade de expressão

DA REDAÇÃO

O presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Francisco Mesquita Neto, criticou ontem o projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo, citando a medida como exemplo da pressão sobre a liberdade de imprensa. Segundo Mesquita Neto, os conselhos de jornalismo são "na prática, tribunais espúrios e corporativistas, com poderes para impedir jornalistas de exercer sua profissão e para suspender veículos de comunicação".
O pronunciamento foi feito ontem, em reunião da diretoria da ANJ, em São Paulo, quando foi feita análise sobre a atuação da entidade, que comemora 25 anos de existência neste mês.
"A liberdade de imprensa constitui direito inalienável e fundamental do ser humano, além de condição essencial para o exercício da cidadania", disse.
O presidente da ANJ também criticou o projeto de regulamentação do setor audiovisual, que "inclui dispositivos cujo objetivo claro é regular e fiscalizar a linha editorial e a programação das emissoras de rádio e televisão".
Segundo o dirigente da associação, "ambos traduzem uma perigosa tendência que aparentemente começa a predominar no Poder Executivo, para a adoção de idéias centralizadoras e dirigistas na produção intelectual do país".
Diretores da ANJ foram recebidos ontem, em coquetel, na Folha, por ocasião dos 25 anos de atividade da entidade. Participaram do encontro, além de Mesquita Neto, diretor-superintendente da S/A O Estado de S. Paulo, os empresários Nelson Sirotsky, diretor-presidente do grupo RBS, João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, Carlos Fernando Lindenberg Neto, diretor-geral de "A Gazeta", do Espírito Santo, Demócrito Rocha Dummar, presidente de "O Povo", do Ceará, Jaime Câmara Júnior, diretor-presidente de "O Popular", de Goiânia, Mário Gusmão, diretor-presidente do "NH", do Rio Grande do Sul, e Sylvino de Godoy Neto, diretor-presidente do "Correio Popular", de Campinas (SP). Os dirigentes da ANJ foram recebidos por Octávio Frias de Oliveira e Otavio Frias Filho, respectivamente, "publisher" e diretor editorial da Folha.


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