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IMPRENSA
Entidade completa 25 anos e critica Conselho Federal de Jornalismo
ANJ defende liberdade de expressão
DA REDAÇÃO
O presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Francisco Mesquita Neto, criticou ontem
o projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo, citando a medida como exemplo da
pressão sobre a liberdade de imprensa. Segundo Mesquita Neto,
os conselhos de jornalismo são
"na prática, tribunais espúrios e
corporativistas, com poderes para
impedir jornalistas de exercer sua
profissão e para suspender veículos de comunicação".
O pronunciamento foi feito ontem, em reunião da diretoria da
ANJ, em São Paulo, quando foi
feita análise sobre a atuação da
entidade, que comemora 25 anos
de existência neste mês.
"A liberdade de imprensa constitui direito inalienável e fundamental do ser humano, além de
condição essencial para o exercício da cidadania", disse.
O presidente da ANJ também
criticou o projeto de regulamentação do setor audiovisual, que
"inclui dispositivos cujo objetivo
claro é regular e fiscalizar a linha
editorial e a programação das
emissoras de rádio e televisão".
Segundo o dirigente da associação, "ambos traduzem uma perigosa tendência que aparentemente começa a predominar no Poder
Executivo, para a adoção de idéias
centralizadoras e dirigistas na
produção intelectual do país".
Diretores da ANJ foram recebidos ontem, em coquetel, na Folha, por ocasião dos 25 anos de
atividade da entidade. Participaram do encontro, além de Mesquita Neto, diretor-superintendente da S/A O Estado de S. Paulo,
os empresários Nelson Sirotsky,
diretor-presidente do grupo RBS,
João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo,
Carlos Fernando Lindenberg Neto, diretor-geral de "A Gazeta", do
Espírito Santo, Demócrito Rocha
Dummar, presidente de "O Povo", do Ceará, Jaime Câmara Júnior, diretor-presidente de "O Popular", de Goiânia, Mário Gusmão, diretor-presidente do "NH",
do Rio Grande do Sul, e Sylvino de
Godoy Neto, diretor-presidente
do "Correio Popular", de Campinas (SP). Os dirigentes da ANJ foram recebidos por Octávio Frias
de Oliveira e Otavio Frias Filho,
respectivamente, "publisher" e
diretor editorial da Folha.
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