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DÍVIDAS
Medida atinge o Estado e a capital Florianópolis
TJ pede processo de
intervenção em SC
ESTANISLAU MARIA
da Agência Folha, em Florianópolis
O Tribunal de Justiça de Santa
Catarina determinou, no final da
tarde de ontem, a abertura de processos de intervenção federal no
Estado e de intervenção estadual
em Florianópolis.
A decisão foi unânime entre os
15 desembargadores mais antigos
do tribunal, que compõem o Órgão Especial. Os pedidos de intervenção foram aceitos a partir de
mandados de segurança contra o
governador Paulo Afonso Vieira
(PMDB) e a prefeita Ângela Amin
(PPB), acusados de descumprir
ordens judiciais.
Vieira teve três pedidos de intervenção por não-pagamento de
precatórios e quatro pelo não-pagamento do 13º salário de 97. O
mandado sobre o 13º foi impetrado pela Fecapoc (Federação Catarinense dos Policiais Civis).
A prefeita Amin teve dois pedidos por não-pagamento de precatórios. Nos dois casos, são pagamentos legais de precatórios e não
há nenhuma ligação com o escândalo dos precatórios de 97.
Se a intervenção for autorizada,
no final dos processos, o governador e a prefeita podem ser afastados e substituídos por interventores nomeados para cumprir as ordens judiciais pendentes.
Mas a intervenção não é automática. No caso do Estado, são necessários julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, e votação no Congresso.
Aprovada a intervenção, cabe ao
presidente da República nomear
um interventor.
No caso do município, cabe ao
governador publicar um decreto
de intervenção, que será analisado
pela Assembléia Legislativa. Aprovada a medida na Assembléia, o
governador indica um interventor
para o município.
A intervenção se extingue automaticamente assim que as dívidas
que deram origem aos processos
forem pagas. Dessa maneira, o titular reassume o cargo.
O procurador-geral do Estado,
Genir Destri, e o procurador-geral
do município, João Carlos Kurtz,
informaram, por meio de suas assessorias, que só vão se pronunciar após a publicação do acórdão
do tribunal.
Também nos municípios de São
Joaquim (centro-sul do Estado) e
Porto União (norte) foram autorizados processos de intervenção.
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