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INVESTIGAÇÃO
""Intervenção foi capricho"
Para Calmon, Real
quebrou Econômico
da Sucursal de Brasília
O empresário Ângelo Calmon
de Sá, ex-controlador do Banco
Econômico, disse ontem na CPI
dos Bancos que a intervenção na
instituição, promovida pelo Banco Central em 95, foi um "capricho ainda não explicado".
Segundo o banqueiro, o Econômico quebrou graças ao "enxugamento de liquidez" (a restrição à
circulação de dinheiro na economia) provocado pelo Plano Real,
ao não-pagamento de dívidas do
setor público e à crise mexicana.
Calmon de Sá aproveitou o depoimento para criticar o BC por
ter deixado o banco fechado por
nove meses. "O BC atingiu de forma intensa aqueles que pretendia
proteger (os depositantes)", afirmou o banqueiro.
Questionado sobre o comportamento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que assumiu a defesa do banco na época, Calmon de Sá afirmou que isso
"seria uma obrigação" do senador, por causa do "trauma para a
economia baiana".
O ex-banqueiro negou ter feito
doações para campanhas de políticos nas eleições de 90.
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