São Paulo, Sexta-feira, 20 de Agosto de 1999
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INVESTIGAÇÃO
""Intervenção foi capricho"
Para Calmon, Real quebrou Econômico

da Sucursal de Brasília

O empresário Ângelo Calmon de Sá, ex-controlador do Banco Econômico, disse ontem na CPI dos Bancos que a intervenção na instituição, promovida pelo Banco Central em 95, foi um "capricho ainda não explicado".
Segundo o banqueiro, o Econômico quebrou graças ao "enxugamento de liquidez" (a restrição à circulação de dinheiro na economia) provocado pelo Plano Real, ao não-pagamento de dívidas do setor público e à crise mexicana.
Calmon de Sá aproveitou o depoimento para criticar o BC por ter deixado o banco fechado por nove meses. "O BC atingiu de forma intensa aqueles que pretendia proteger (os depositantes)", afirmou o banqueiro.
Questionado sobre o comportamento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que assumiu a defesa do banco na época, Calmon de Sá afirmou que isso "seria uma obrigação" do senador, por causa do "trauma para a economia baiana".
O ex-banqueiro negou ter feito doações para campanhas de políticos nas eleições de 90.


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