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Candidatos fazem pacto contra
Roberto Magalhães em Recife
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Os candidatos de oposição ao
prefeito licenciado de Recife, Roberto Magalhães (PFL), selaram
um pacto informal de não-agressão entre eles na tentativa de levar
a eleição para o segundo turno.
Na reta final da campanha, Magalhães, que soma 48% das intenções de voto, é o único alvo dos
ataques da oposição, cujos candidatos têm, somados, 42%.
Denúncias contra sua administração tentam se contrapor à imagem do "prefeito que faz", tema
de sua propaganda eleitoral. A estratégia ressuscita uma das características marcantes das eleições
pernambucanas de 1986 a 1994, a
polarização entre "esquerda" e
"direita", que havia desaparecido
em 1996 com a aliança entre dois
rivais históricos, o PMDB e o PFL.
Na época, ancorado na popularidade do então prefeito Jarbas
Vasconcelos (PMDB) e do presidente Fernando Henrique Cardoso, Magalhães foi eleito prefeito.
Dois anos depois, o pefelista retribuiu o apoio ajudando a eleger
Jarbas Vasconcelos governador.
Com a queda na popularidade
de FHC, os cinco candidatos da
oposição (PT, PPS, PDT, PSTU e
PHS) tentam agora dar o troco,
vinculando o prefeito e o governador ao presidente da República. "As diferenças programáticas
e ideológicas dos partidos de oposição são menores em relação ao
inimigo comum, que é o candidato de FHC em Recife", disse o candidato do PT, João Paulo (22%).
Outro ponto que induziu ao
pacto de não-agressão foi o horário eleitoral na TV: da meia hora
reservada aos candidatos, Magalhães tem quase 16 minutos. "Saber usar o nosso tempo é uma
questão de sobrevivência", disse o
deputado João Braga, que deixou
o PSDB para apoiar a campanha
de Carlos Wilson (PPS), com 17%:
"Na oposição, não adianta querer
um entrar na faixa do outro".
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