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OUTRO LADO
Eventuais irregularidades serão apuradas, afirma governador
DA ENVIADA ESPECIAL A BOA VISTA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de Roraima, Flamarion Portela (PSL), afirmou
ontem em entrevista coletiva em
Boa Vista que eventuais irregularidades na folha de pagamentos
do Governo do Estado serão investigadas.
A assessoria do governador informou ainda que os documentos
relativos à folha estão à disposição
do Tribunal de Contas do Estado
e do Ministério Público para serem analisados.
"Se erros ou equívocos existem,
iremos consertá-los. Estamos de
portas abertas para quem quiser
investigar essas denúncias",declarou Flamarion Portela.
Ao comentar a "Operação Gafanhoto", responsável pelo desvio
de verba, Flamarion Portela disse
que o governo do Estado "não é
responsável pela emissão de procurações". "Os servidores são
contratados para trabalhar, se estes, por algum motivo, não podem se locomover até o posto de
pagamento para receber, eles podem por lei, outorgar poderes para outra pessoas fazê-lo."
Flamarion diz ainda que os pagamentos por procuração foram
utilizados politicamente por seus
adversários. Especialmente informações da folha que circularam
na internet de forma apócrifa.
A Folha tentou contato com os
seis deputados citados na reportagem. No caso de Jalser Renier, a
reportagem esteve em seu gabinete, na Assembléia Legislativa, em
Boa Vista, em sua casa, e falou
duas vezes com sua assessora de
imprensa, por telefone. Não houve resposta.
A assessoria do deputado Mecias de Jesus informou que ele estava viajando, mas disse que ele
"distribui o dinheiro recebido por
meio de procurações às pessoas
mais pobres".
Elizabeth Nishimura Ferreira,
mulher do deputado Augusto
Iglésias (PDT), disse que as pessoas que lhe deram procuração
moram no interior e, por isso, não
recebem em Boa Vista. Questionada sobre a função pública dessas pessoas, ela afirmou que retornaria a ligação "mais tarde". Até
às 19h ela não voltou a ligar.
Já o assessor de imprensa do deputado Mecias de Jesus (PST) disse que o parlamentar distribui
parte do dinheiro obtido por
meio de procuradores de 25 funcionários a pessoas mais pobres.
"Aqui em Roraima há irregularidades, mas não é tanto assim como estão dizendo", diz ele.
Os demais deputados não foram encontrados em seus gabinetes nem em seus comitês eleitorais. Os assessores contatados foram informados sobre a reportagem. Mas informaram que os parlamentares estavam no interior e
que não seria possível localizá-los.
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