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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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OUTRO LADO

Ex-secretário diz que "equívoco" já foi corrigido

DA SUCURSAL DO RIO

O ex-secretário de Comunicação Social do governo Anthony Garotinho Carlos Henrique Souza Vasconcelos, admitiu ontem que foi "um equívoco" o uso de reportagens do "Jornal do Brasil" como se fossem peças publicitárias oficiais.
O material foi incluído na prestação de contas da Internad Publicidade Ltda: "Não sei por qual razão a Internad mandou como comprovação [do trabalho], não peças publicitárias, mas reportagens, o que é totalmente irregular. Constatado o equívoco pelo Tribunal de Contas do Estado, determinei que a empresa devolvesse todo o dinheiro aplicado naquela propaganda, o que foi feito".
O ex-secretário afirmou que a irregularidade foi um "um episódio isolado" e que, a partir de então, sua secretaria passou a fazer uma fiscalização mais rigorosa dos processos de publicidade. Peninha reconheceu que houve falha de um dos seus subordinados, que foi afastado do órgão. "Não acredito que tenha ocorrido má-fé. O Estado não sofreu prejuízo, porque o dinheiro foi devolvido", disse.
O dono da Internad, Hayle Gadelha, disse não se "lembrar direito" do episódio, mas culpou o "Jornal do Brasil" pelo o que classificou de "engano". "Era para sair algum anúncio, não sei. Foram dadas reportagens em troca, mas não me lembro os detalhes. Houve engano do "JB", que recebeu o dinheiro, nos devolveu e nós repassamos ao Estado. Não houve nenhuma má-fé da agência e acho que nem do veículo."
O vice-presidente do "Jornal do Brasil", Paulo Marinho, disse que não comentaria o caso porque desconhece o contrato. O editor-chefe do "JB" na época, Noênio Spínola, disse que nunca autorizou que reportagens do jornal fossem usadas como publicidade oficial. (MFM)


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