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TCU suspeita de contratos entre Petrobras e GDK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A GDK, empresa baiana que
deu de presente um jipe Land Rover avaliado em R$ 80 mil ao ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, ganhou prazo para apresentar explicações ao TCU (Tribunal
de Contas da União) sobre contratos firmados com a Petrobras.
Auditoria do tribunal apontou
indícios de superfaturamento de
cerca de R$ 48 milhões em negócios da empresa com a estatal. Porém o plenário do TCU optou por
conceder prazo de defesa à GDK e
à Petrobras antes de avaliar a suspensão de pagamentos.
De acordo com o ministro-relator, Guilherme Palmeira, há indícios de cobrança de um percentual de lucro "excessivo" em relação aos praticados pelo mercado e
a inclusão de despesas financeiras
em duplicidade. Os problemas foram detectados na composição
do item Bonificação de Despesas
Indiretas, o BDI.
Os auditores constataram também indícios de direcionamento
de licitação e falhas na elaboração
de orçamentos não apenas com a
GDK, mas com outras empresas
baianas, como a Tenace e a Montril. A auditoria fiscalizou a execução de obras e serviços de manutenção e recuperação dos sistemas de óleo e gás natural da região Nordeste.
O TCU investiga dois contratos
da unidade de negócios da Bahia
da Petrobras com a GDK, de R$
160 milhões. O contrato para
obras de construção civil e montagem industrial da unidade da
Petrobras na Bahia rende à GDK
R$ 31 milhões. Os chamados custos indiretos, como encargos sociais, somariam, desse total, R$
11,8 milhões. A parcela de preço
cobrada excessivamente só nesse
contrato pode superar R$ 10 milhões, dizem os auditores.
O segundo contrato da Petrobras com a GDK sob investigação,
sobre instalações industriais, soma R$ 129 milhões, em preços
atualizados até agosto de 2004. A
margem de lucro excessiva, nesse
caso, pode superar R$ 38 milhões,
segundo avaliação do TCU.
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