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Alckmin muda o tom e usa "dossiê" para criticar Lula na TV a 12 dias das eleições
MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO
Até então evitando se associar aos ataques mais duros a
Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin mudou de estratégia a 12 dias da eleição. Criticou ele mesmo o caso do dossiê
ontem e perguntou: "A quem
interessa tudo isso?".
A mesma questão foi feita
por Lula, que teve uma mensagem lida na abertura de seu
programa. O presidente, que
passou o dia ontem em Nova
York, se disse indignado, chamou os adversários de "perdedores" e quase repetiu o tucano: "A quem interessa perturbar as eleições?".
Em vez de deixar os comentários sobre corrupção para seu
apresentador, Alckmin assumiu as críticas ao caso.
Após a exibição de jornais sobre a prisão de petistas com
R$ 1,7 milhão em dinheiro e de
imagens de Freud Godoy, assessor de Lula exonerado após
ter seu nome envolvido com a
negociação de um dossiê contra
Alckmin e José Serra, o tucano
chamou o caso de absurdo.
"Um absurdo. Dinheiro vivo.
De novo. (...) E de novo tem
funcionário suspeito, tem suspeito nas salas do poder. Quando isso vai parar? De onde vem
o dinheiro vivo? Como o integrante do PT conseguiu os dólares? A quem interessa tudo
isso?" E finalizou: "Está na hora de o eleitor brasileiro dizer
"basta", "chega". Está na hora de
dizer não a isso tudo".
No texto lido, Lula afirmou
nunca ter concordado com o
"jogo sujo nas campanhas" e
disse: "Não seria agora, quando
concorro à reeleição e todas as
pesquisas apontam a minha vitória, que iria concordar com
esse tipo de prática".
"A quem interessa perturbar
as eleições? Reflitam sobre isso, mantenham a calma, não
aceitem provocações nem se
deixem perturbar pelo desespero dos perdedores."
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