São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 2006

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Alckmin muda o tom e usa "dossiê" para criticar Lula na TV a 12 dias das eleições

MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

Até então evitando se associar aos ataques mais duros a Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin mudou de estratégia a 12 dias da eleição. Criticou ele mesmo o caso do dossiê ontem e perguntou: "A quem interessa tudo isso?".
A mesma questão foi feita por Lula, que teve uma mensagem lida na abertura de seu programa. O presidente, que passou o dia ontem em Nova York, se disse indignado, chamou os adversários de "perdedores" e quase repetiu o tucano: "A quem interessa perturbar as eleições?".
Em vez de deixar os comentários sobre corrupção para seu apresentador, Alckmin assumiu as críticas ao caso.
Após a exibição de jornais sobre a prisão de petistas com R$ 1,7 milhão em dinheiro e de imagens de Freud Godoy, assessor de Lula exonerado após ter seu nome envolvido com a negociação de um dossiê contra Alckmin e José Serra, o tucano chamou o caso de absurdo.
"Um absurdo. Dinheiro vivo. De novo. (...) E de novo tem funcionário suspeito, tem suspeito nas salas do poder. Quando isso vai parar? De onde vem o dinheiro vivo? Como o integrante do PT conseguiu os dólares? A quem interessa tudo isso?" E finalizou: "Está na hora de o eleitor brasileiro dizer "basta", "chega". Está na hora de dizer não a isso tudo".
No texto lido, Lula afirmou nunca ter concordado com o "jogo sujo nas campanhas" e disse: "Não seria agora, quando concorro à reeleição e todas as pesquisas apontam a minha vitória, que iria concordar com esse tipo de prática".
"A quem interessa perturbar as eleições? Reflitam sobre isso, mantenham a calma, não aceitem provocações nem se deixem perturbar pelo desespero dos perdedores."


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