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São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2003

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PAINEL

Meus oito anos
Governadores do PT estão se queixando nos corredores do Planalto do tratamento que recebem na gestão do companheiro Lula. Dizem que até FHC era mais atencioso com os Estados administrados pelo partido na liberação de verbas e no direcionamento de programas.

Sauna palaciana
Lula tem reclamado com bastante frequência do calor de Brasília. Principalmente durante reuniões no Palácio do Planalto.

Sem contingenciamento
A Justiça Eleitoral já pagou neste ano R$ 85,6 milhões a partidos políticos. O dinheiro vem do Fundo Partidário, que é proporcional à votação de cada sigla. No Orçamento está previsto R$ 110 milhões para o fundo.

Além do dízimo
O partido que mais recebeu do Fundo Partidário foi o PT, com R$ 17 milhões. É seguido por PSDB (R$ 14 mi) e PFL (R$ 13 mi). A sigla menos afortunada foi o Partido Social Trabalhista, que levou apenas R$ 64,68.

Vale quanto pesa
Duda Mendonça ainda não fechou nenhum contrato de assessoria de comunicação e publicidade com prefeituras. Os prefeitos têm achado muito caro pagar R$ 2 mi pelo trabalho da agência do marqueteiro de Lula.

Bendita viagem
Maldade que circula no Senado sobre a viagem oficial de Benedita da Silva (Assistência Social) à Argentina para participar de evento religioso: "Deus é onipresente. Logo, a ministra não precisaria ter ido até lá apenas para conversar com Ele".

Falta de capricho
Na Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Hélio Bicudo é chamado de Antonio Bicudo. O descuido na identificação do vice-prefeito paulistano ocorre justamente na sala que trata da Metrópole São Paulo.

O patrão e o trabalhador
Um ex-funcionário de editora do PT pedirá na Justiça que Lula reabra a conta de sua campanha presidencial a fim de quitar uma dívida trabalhista. Paulo Soldano, que trabalhava para a Editora Brasil Agora, de propriedade de Lula e do PT até 1993, reivindica o pagamento de R$ 707 mil.

Com a barriga
Soldano ganhou a causa em 98, mas até hoje nada recebeu. Na véspera da eleição de 2002, conseguiu o bloqueio da conta de campanha de Lula como garantia do pagamento -liberada em seguida por liminar. A eleição passou, as contas foram aprovadas e Soldano ainda aguarda decisão do TRT-SP.

Próximos capítulos
Os advogados de Lula dizem que o dinheiro da campanha já foi gasto e a conta, fechada. Alegam que o presidente nem responde mais pela empresa, tendo deixado a sociedade em 1993. A defesa de Soldano pedirá o restabelecimento da conta da campanha nos próximos dias.

Acúmulo de funções
Sem dinheiro até para manter em dia os pagamentos da revista mensal da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo, Celso Frateschi decidiu gastar R$ 13.290 por mês para contratar uma "assessoria de divulgação". Detalhe: a pasta já conta com uma assessoria de imprensa com 15 funcionários.

15 é pouco
O secretário Celso Frateschi afirma que a assessoria de imprensa necessita de um "apoio complementar" para divulgar os eventos dos 450 anos da cidade de SP, em janeiro de 2004.

Homenagem
O Fórum dos Ex-Presos Políticos promoverá hoje, na Câmara Municipal de SP, o evento "São Paulo Não Esquece Quem Lutou Por Liberdade", uma homenagem a ativistas políticos mortos durante o regime militar.

TIROTEIO

Do economista tucano José Roberto Afonso, sobre a reforma tributária de Lula:
- Essa reforma tributária começou com Lula e os seus ministros prometendo uma boiada de mudanças. Depois, reduziram as promessas para um boi. Agora, eles querem só o miolo da picanha.

CONTRAPONTO

Rei posto

Luiz José de Guimarães Falcão, então ministro do TST, apoiava nos bastidores um amigo, advogado, para uma das vagas abertas no tribunal.
Mas sofreu uma grande decepção. Seu apadrinhado não recebeu nenhum voto dos colegas durante a escolha da lista tríplice que seria encaminhada à Presidência da República.
Contrariado, passou em seu gabinete, assinou o seu pedido de aposentadoria e foi embora para casa.
Algum tempo depois, Falcão encontrou num shopping o também ministro do TST Ursulino Santos. Depois de alguns minutos de conversa, o ministro aposentado não se aguentou de curiosidade e perguntou:
- Ursulino, e aí, o que dizem lá no TST sobre minha repentina saída?
- Nada, Falcão, não dizem nada. Lá só se fala na lista tríplice para a escolha do seu substituto.


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