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Secretário-geral
de ONG contesta
crítica de Dirceu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-geral da Transparência Brasil (seção brasileira da Transparência Internacional), Claudio Weber Abramo, crê ter havido um equívoco de interpretação do governo
a respeito do índice de percepções de corrupção divulgado
por sua entidade neste mês.
Weber Abramo nega que o
relatório da TI tenha afirmado
que houve aumento de corrupção no governo Lula: "Desconfio que isso surgiu no Planalto a
partir da interpretação equivocada de que o índice corresponderia a uma espécie de contagem de casos de corrupção".
A Transparência Brasil rebate as críticas do ministro José
Dirceu (Casa Civil), que afirmou que a ONG apresentou
critérios subjetivos ao citar o
Brasil no relatório da entidade.
"O ministro nos atribuiu alegações que não fizemos. Quando li as observações dele num
boletim do Planalto, enviei
imediatamente a ele uma retificação. Não percebo como pode
ser julgado "subjetivo" apontar
que o governo não cumpriu o
que prometeu. É simples. A assinatura do presidente está lá,
no documento, e as promessas
não foram cumpridas", disse.
O documento citado por Weber Abramo é um compromisso firmado por Lula em 2002,
no qual ele prometia criar uma
agência nacional anticorrupção. O Planalto diz que as funções dessa agência serão preenchidas pela criação do Conselho da Transparência Pública e
do Combate à Corrupção.
(FR)
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