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CONTAS PÚBLICAS
Ministério Público pede inelegibilidade de Marta
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Estadual
entrou no início da noite de segunda-feira com ação de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e seus então secretários de Finanças, Luís
Carlos Fernandes Afonso, e de
Negócios Jurídicos, Luiz Tarcísio
Teixeira Ferreira.
De acordo com os promotores,
a gestão petista cancelou indevidamente empenhos (reserva orçamentária) no fim de seu mandato, em 2004. Para o Ministério
Público, as verbas, em torno de
R$ 563 milhões, se referiam a serviços efetivamente realizados e
não poderiam ser canceladas.
O Ministério Público pede que o
cancelamento dos empenhos seja
considerado nulo e que Marta e os
secretários ressarçam o poder público e tenham seus direitos políticos suspensos por até oito anos.
Na ação ajuizada, o Ministério
Público cita uma auditoria indicando que dos R$ 588 milhões
cancelados, 96% eram relativos a
obras e serviços efetivamente realizados. O estudo foi feito com base em uma amostragem de R$ 241
milhões do total cancelado.
Segundo a promotoria, os petistas "cessaram o pagamento dos
credores da Prefeitura Municipal
de São Paulo e, o que é pior, usaram deste artifício para melhorar
os resultados das contas de 2004".
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a administração Marta
Suplicy contesta as acusações. A
gestão afirma que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de
Contas do Município, que apontou superávit em 2004.
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