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Garotinho dá início a "pré-campanha"
SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho disse ontem, no
registro de sua candidatura como
pré-candidato do PMDB à Presidência, que pedirá a amigos parte
dos recursos necessários para o
que chamou de "pré-campanha",
em busca de votos dos convencionais do PMDB. Em março, eles escolhem o candidato do partido
para a eleição de 2006.
Em solenidade na Câmara, Garotinho disse não ter "a menor
idéia" de quanto custará a campanha interna. Mesmo assim, planeja percorrer todos os Estados para
"apertar a mão de cada um" dos
cerca de 24 mil convencionais.
"Certamente eu vou me mobilizar com os meus amigos, com os
recursos que o partido tem. Sou
presidente do diretório do Rio.
Temos uma bancada que contribui. Temos 200 mil filiados no Rio
de Janeiro. Então, isso dá para se
movimentar", afirmou ele.
"Pré-campanha"
Embora diga desconhecer custos, Garotinho esboça uma estrutura partidária na estratégia de
convencimento. "Vou começar a
pré-campanha agora. Com a inscrição, vou montar uma coordenação para as prévias em cada Estado para defender meu nome.
Obtive ontem apoio de um número expressivo de deputados federais e de presidentes de diretórios
estaduais. Agora vou organizar
uma agenda de visitas aos Estados
para mobilizar para as prévias."
A idéia é reunir em grupos os
membros com direito a voto na
prévia de 15 de março: "Estou falando em 24 mil pessoas. É fácil
agrupar. Não vou aos 5.500 municípios do país, mas fazer viagens
estratégicas. Quando for ao Ceará, por exemplo, vou tentar reunir
em uma ou duas cidades todos os
prefeitos, vereadores e convencionais, para minimizar custos".
Para fazer o que chamou de
"pré-campanha", Garotinho quer
deixar o secretariado de sua mulher, a governadora Rosinha Matheus, embora ainda não tenha
definido uma data. Ele é o secretário de Governo e de Coordenação.
"É uma conversa que vou ter
com a governadora. Sei que ela
precisa da minha presença na articulação política do governo do
Estado, mas acho que fica um
pouco difícil para mim agora.
Mas é preciso falar com ela, decidimos as coisas juntos. Há entre
nós mais do que uma relação política. Há de convir que somos também namorados", afirmou ele.
Rosinha e o deputado federal
Michel Temer (SP), presidente
nacional do PMDB, participaram
da solenidade na qual Garotinho
se inscreveu na prévia.
"Osso duro"
Citados no partido como possíveis oponentes de Garotinho na
prévia, os governadores Germano
Rigotto (RS), Roberto Requião
(PR) e Jarbas Vasconcelos (PE)
não compareceram.
Em discurso, Garotinho pregou
a unidade do partido em torno de
sua candidatura à sucessão do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Criticou Lula e os governos de
seu antecessor, o presidente Fernando Henrique Cardoso. Disse
que não desistirá da indicação,
mas que, se perder na prévia, fará
campanha para o vencedor.
"Sou um osso duro de roer.
Quem quiser passar vai ter de passar por cima. Mas vou até o fim."
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