São Paulo, terça-feira, 20 de outubro de 2009

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Líder do DEM afirma estar "estarrecido"

DA REPORTAGEM LOCAL

Líder do DEM na Câmara de São Paulo, Carlos Apolinário disse estar "estarrecido" com a sentença "porque a AIB doou em 2002, 2004, 2006" para candidatos a prefeito, deputado, governador e presidente e somente os vereadores foram punidos.
"Houve dinheiro para [Antonio] Palocci, para [José] Serra, para [Gilberto] Kassab, para Marta [Suplicy]. E em nenhuma eleição a Justiça Eleitoral disse que isso era inidôneo. Só agora é que descobriram", declarou.
O vereador atacou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelo Ministério Público com a AIB -pelo qual a entidade ficava livre de processos, mas se comprometia a não fazer novas doações. "Se a AIB não é idônea para doar, por que esse TAC foi assinado?"
A associação agora é alvo de uma ação do Ministério Público.
Apolinário também criticou o critério de insignificância adotado pelo juiz para condenar 14, entre eles um suplente, e absolver quatro vereadores.
Por esse critério, o juiz puniu somente casos em que as doações da AIB representaram no mínimo 20% do total arrecadado pelos vereadores.
Na interpretação do líder do DEM, esse mecanismo usado pelo juiz na decisão criou situações que considera "absurdas".
"Se o vereador recebeu R$ 30 mil da AIB e arrecadou R$ 50 mil, aí não pode, ele tem que ser cassado. Mas aquele que arrecadou R$ 2 milhões e teve R$ 150 mil da associação fica livre, está tudo certo. Como é que pode ser assim?"
Segundo Apolinário, que afirmou estar confiante na absolvição, o entendimento do juiz é equivocado, porque houve decisões diferentes para situações que deveriam ser tratadas da mesma forma. "Ou é todo mundo honesto ou é todo mundo desonesto ", declarou. (JEC)


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