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PT articula nome para a Câmara
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PT, deputado
federal José Dirceu, reuniu-se ontem com dirigentes de sete partidos aliados para pedir apoio à
candidatura de um petista à presidência da Câmara. Apesar disso,
não descartou negociar o posto
em nome da governabilidade de
Luiz Inácio Lula da Silva.
Dirceu também se encontrou
com a bancada de senadores do
PT para evitar que o lançamento
de um candidato no Senado atrapalhe a costura de um acordo
com o PMDB para as presidências
das duas Casas do Congresso.
Aos aliados (PSB, PDT, PPS, PC
do B, PL, PTB e PMN), Dirceu disse em reunião na manhã de ontem que não seria candidato a
presidente da Câmara, mas que
gostaria de contar com o apoio
desses partidos a um nome que o
PT pretende indicar.
Os partidos aliados prometeram apoiar o PT e também decidiram criar uma espécie de conselho político com todas as oito legendas que se reuniram ontem,
formando, assim, o embrião da
base de apoio parlamentar a Lula.
Com exceção de Dirceu, o nome
mais forte hoje na bancada e no
partido é o do líder da legenda na
Câmara, João Paulo Cunha (SP),
mas não há unanimidade em relação a ele. Nos próximos dias, deverá crescer um movimento simpático à candidatura de Patrus
Ananias, ex-prefeito de Belo Horizonte, que assumirá seu primeiro mandato parlamentar federal.
A candidatura Patrus seria uma
forma de compensar Minas Gerais pela grande quantidade de
ministeriáveis paulistas. Ou seja,
agradaria à bancada do Estado e
também a aliados do PT em Minas, como o governador eleito,
Aécio Neves (PSDB), e o vice de
Lula, o senador José Alencar (PL).
A tendência do PT é tentar firmar de vez o acordo com o PMDB
segundo o qual os petistas ficariam com a Câmara, e os peemedebistas, com o Senado. "Com o
apoio do PMDB e dos aliados, o
PT teria maioria folgada para eleger o presidente da Câmara.
Mas Lula não descarta negociar
a presidência da Câmara. Esse assunto deve constar do cardápio
político de seu café da manhã de
hoje com Aécio, em Brasília.
Na reunião com os senadores,
Dirceu pediu que o PT não lance
candidato no Senado nem integre
bloco com outros partidos, para
dar garantias ao PMDB de que terão o apoio petista no Senado a
fim de evitar que os peemedebistas na Câmara traiam o acerto.
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