São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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PT articula nome para a Câmara

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PT, deputado federal José Dirceu, reuniu-se ontem com dirigentes de sete partidos aliados para pedir apoio à candidatura de um petista à presidência da Câmara. Apesar disso, não descartou negociar o posto em nome da governabilidade de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dirceu também se encontrou com a bancada de senadores do PT para evitar que o lançamento de um candidato no Senado atrapalhe a costura de um acordo com o PMDB para as presidências das duas Casas do Congresso.
Aos aliados (PSB, PDT, PPS, PC do B, PL, PTB e PMN), Dirceu disse em reunião na manhã de ontem que não seria candidato a presidente da Câmara, mas que gostaria de contar com o apoio desses partidos a um nome que o PT pretende indicar.
Os partidos aliados prometeram apoiar o PT e também decidiram criar uma espécie de conselho político com todas as oito legendas que se reuniram ontem, formando, assim, o embrião da base de apoio parlamentar a Lula.
Com exceção de Dirceu, o nome mais forte hoje na bancada e no partido é o do líder da legenda na Câmara, João Paulo Cunha (SP), mas não há unanimidade em relação a ele. Nos próximos dias, deverá crescer um movimento simpático à candidatura de Patrus Ananias, ex-prefeito de Belo Horizonte, que assumirá seu primeiro mandato parlamentar federal.
A candidatura Patrus seria uma forma de compensar Minas Gerais pela grande quantidade de ministeriáveis paulistas. Ou seja, agradaria à bancada do Estado e também a aliados do PT em Minas, como o governador eleito, Aécio Neves (PSDB), e o vice de Lula, o senador José Alencar (PL).
A tendência do PT é tentar firmar de vez o acordo com o PMDB segundo o qual os petistas ficariam com a Câmara, e os peemedebistas, com o Senado. "Com o apoio do PMDB e dos aliados, o PT teria maioria folgada para eleger o presidente da Câmara.
Mas Lula não descarta negociar a presidência da Câmara. Esse assunto deve constar do cardápio político de seu café da manhã de hoje com Aécio, em Brasília.
Na reunião com os senadores, Dirceu pediu que o PT não lance candidato no Senado nem integre bloco com outros partidos, para dar garantias ao PMDB de que terão o apoio petista no Senado a fim de evitar que os peemedebistas na Câmara traiam o acerto.


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