UOL

São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Tudo se ajeita
O Planalto prometeu aos partidos aliados liberar R$ 500 milhões em emendas de parlamentares. Em troca, os líderes comprometeram-se a aprovar o Orçamento de 2004 ainda neste ano e a liberar créditos suplementares retidos no Congresso.

Bom comportamento
Para destravar o Orçamento, os líderes aliados reivindicavam R$ 2 bilhões em emendas, mas aceitaram a contraproposta governista. O acordo surtiu efeito: a Comissão de Orçamento aprovou ontem mais de R$ 4 bilhões em créditos suplementares.

Alguém vai perder
As emendas que terão dinheiro liberado dizem respeito aos ministérios da Educação, da Saúde, das Cidades, da Integração Nacional e do Esporte. Para compensar o gasto, verbas de outras pastas continuarão arrochadas até o final do ano.

Problema a menos
Lula avisou aos presidentes da Câmara, João Paulo, e do Senado, José Sarney, que não quer saber de convocação extraordinária do Congresso. Espera ter férias das críticas da oposição e dos pedidos dos aliados.

Romance a bordo
Renan Calheiros terá hoje duas horas e meia ao lado de Lula no avião de Brasília a Maceió. Único peemedebista na comitiva, o senador alagoano tentará encantar o presidente com nomes para a reforma ministerial.

Celebridade
Na avaliação de seus desafetos pefelistas, ACM resolveu atacar publicamente o presidente da sigla, Jorge Bornhausen, em busca da visibilidade na imprensa que tanto tem lhe faltado.

Missão Impossível
ACM quer a liderança do PFL no Senado, hoje com José Agripino (RN). Também gostaria de dar ao neto o comando do partido na Câmara, mas não tem como derrubar José Carlos Aleluia.

Emergência governista
Sem alarde, o governo editou portaria que permite a doação, sem critérios claros, de comida e dinheiro pelo Fome Zero. O texto autoriza a concessão do benefício durante seis meses em "situação emergencial inopinada". No entender da oposição, o texto dá margem a clientelismo -e 2004 será ano eleitoral.

Nenhum de fora
O secretário-executivo do Fome Zero, Flávio Botelho, não enxerga viés clientelista na portaria. Afirma que o texto, assinado em 13 de novembro, garante o benefício a pessoas não incluídas no cadastro unificado dos programas sociais da União. Sem a medida, diz Botelho, muitas famílias ficariam de fora.

História resgatada
Nilmário Miranda (Direitos Humanos) leva hoje a peritos da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, uma ossada que acredita ser de uma das vítimas da guerrilha do Araguaia. Será feito exame de DNA a pedido das famílias dos desaparecidos.

Visitas à Folha
Antônio Carlos Magalhães Jr., presidente da Rede Bahia de Comunicação, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Maurício Magalhães, diretor de negócios de conteúdo e entretenimento, de Marcelo Lyra G. do Amaral, diretor de negócios-mídia, e de Pedro Augusto Leite Costa, presidente da Companhia da Informação.
 
Arnoldo Wald, professor catedrático da Universidade do Rio de Janeiro e presidente da Wald e Associados Advogados, visitou ontem a Folha.
 
José Américo Ribeiro dos Santos, presidente da CNAGA (Companhia Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados), visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do deputado federal Orlando Fantazzini (PT-SP), coordenador da campanha da Câmara "Pela Ética na TV", sobre Hebe Camargo ter dito que, se entrevistasse Champinha, acusado de planejar as mortes dos jovens Felipe Caffé e Liana Friedenbach, mataria o assassino:
-Foi uma declaração lamentável para uma formadora de opinião. Falando bobagens como essa ela não cria uma sociedade de tolerância, muito menos uma cultura de paz.

CONTRAPONTO

Luta de classes

Lula foi à África acompanhado de ministros, de deputados da base aliada e da maior delegação de empresários reunida desde que o petista assumiu a Presidência. Entre eles estava o deputado federal Edmar Moreira (PL), proprietário de empresa de segurança em Minas Gerais.
Ao desembarcar em Pretória, África do Sul, a comitiva foi direto para o hotel. Um dos últimos a chegar, Moreira pegou a chave de seu quarto na portaria.
Encontrou o aposento, mas a chave custou a abrir a porta. Ao entrar, depois de algum esforço, percebeu que já havia alguém deitado na cama. Era o deputado petista e ex-sindicalista Vicentinho, que recebera na portaria a chave do mesmo quarto.
Constatada a falha do hotel, Moreira pegou de volta sua bagagem e brincou com o colega:
-Gosto muito de você, mas esse negócio de integração entre capital e trabalho tem limite!


Próximo Texto: Questão agrária: MST chama de "ridícula" a reforma agrária de Lula
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.