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INVESTIGAÇÃO
Objetivo é averiguar "indícios da prática de atos de improbidade administrativa por autoridades"
Procuradoria do Rio instaura inquérito
da Sucursal do Rio
A Procuradoria da República
no Estado do
Rio instaurou
ontem um inquérito civil público para apurar "indícios da
prática de atos de improbidade administrativa por autoridades federais".
O Ministério Público vai investigar se houve favorecimento a empresas do setor privado por parte
de autoridades públicas no processo de privatização do sistema Telebrás.
Os procuradores Rogério Soares
do Nascimento, Daniel Sarmento e
Flávio Paixão de Moura Júnior encaminharam ao procurador-geral
da República, Geraldo Brindeiro,
uma solicitação para que ele notifique o ministro das Comunicações,
Luiz Carlos Mendonça de Barros
-que tem a prerrogativa de fixar
data e local para prestar depoimento.
²
Notificações
O Ministério Público também vai
notificar André Lara Resende
(presidente do BNDES), José Pio
Borges (vice-presidente do
BNDES), Daniel Dantas e Persio
Arida (sócios no banco Opportunity), Carlos Jereissati (presidente
do conselho de Administração da
Tele Norte Leste) e Ricardo Sérgio
de Oliveira (diretor do Banco do
Brasil).
Esses terão que depor na procuradoria em data a ser agendada
-a partir da próxima semana.
Além disso, o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e o Banco do
Brasil terão dez dias para entregar
toda a documentação relacionada
à concessão de financiamento e à
prestação de carta de fiança nas
operações relacionadas à privatização das empresas Tele Norte
Leste e Tele Centro Sul.
Segundo os procuradores, caso a
improbidade administrativa seja
comprovada, os funcionários públicos implicados podem perder o
cargo, ser impedidos de exercer
função pública e até obrigados a
pagar indenização aos cofres públicos.
²
Fitas
No inquérito não serão consideradas as fitas obtidas com grampo
nos telefones do BNDES -que registram gravações de conversas de
Mendonça de Barros e Lara Resende com os empresários envolvidos
na privatização da Telebrás, com o
presidente Fernando Henrique
Cardoso e outros funcionários do
governo.
"Elas foram obtidas de forma ilícita", justificou o procurador Daniel Sarmento.
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