São Paulo, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


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PAINEL


Vaga de presidenciável

Se Itamar, governador de Minas, confirmar sua saída do PMDB até 25 de janeiro, os peemedebistas pretendem fazer um convite formal a Garotinho, governador do Rio pelo PDT, que só tem brigado com Leonel Brizola, o chefão do pedetismo.

Acertar com os russos

Na avaliação de peemedebistas, o partido precisa ter expectativa de poder presidencial para ajudá-lo a ir bem no pleito municipal de outubro de 2000. Sem Itamar, Garotinho poderia desempenhar esse papel. Só falta combinar com o pedetista.

Ser ou não ser

Quem tem falado com Maluf diz que o cacique do PPB paulista está desesperado. Não encontra candidato a prefeito de SP. Sabe que, se disputar, terá de explicar o naufrágio de Pitta, cria sua. Se não disputar, ninguém o defenderá na eleição.


Todos fogem

O problema de Maluf é achar um candidato a prefeito de São Paulo disposto a defendê-lo. No próprio PPB, os cotados não se mostram propensos a dar guarida ao cacique. Com plano de ser candidato a governador em 2002, Maluf precisaria manter uma fatia do eleitorado paulistano sob sua influência.

Cuidando do futuro

Partiu do Ministério da Fazenda uma articulação para apertar a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Malan comandou um movimento para que as agências dissessem às empresas que compraram estatais que o governo não aceitará aumentos que possam elevar fortemente a inflação em 2000.

Discurso para derrota

O PFL está apreensivo a respeito da reeleição de Conde, prefeito do Rio. O favorito nas pesquisas é um peemedebista, Sérgio Cabral. Mas avalia que pode cantar vitória mantendo o poder em Salvador, Recife e Curitiba, cidades que, hoje, concentram o grosso do pefelismo.

Na espera

O ex-ministro Celso Lafer é o primeiro da lista de FHC para substituir Elcio Alvares na Defesa. Apesar de ter freado a fritura, o presidente gostaria de se livrar do ministro Alvares, desgastado junto à cúpula militar.

Avaliação palaciana

Celso Lafer saiu do Ministério do Desenvolvimento humilhado pelo Planalto. FHC saldaria uma ""dívida" e teria um intelectual versado em questões internacionais para fazer o meio-campo com os chefes militares.

Sem sustentação

O PFL trabalha pela saída de Elcio Alvares da Defesa. Detalhe: o ministro era do partido.

Acidente

Roberto Marinho sofreu uma queda em sua casa, no Rio, na última sexta. Levado a uma clínica, constatou-se que ele fraturara um dos braços. O presidente das Organizações Globo está se recuperando em casa.

Tudo é possível

De FHC, sobre eventual reconciliação com Itamar Franco (PMDB): ""Ele não se reconciliou até com o Newton Cardoso?!". O atual governador de Minas trocou graves ofensas pessoais com Newtão, durante a eleição de 1986. Atualmente, Newtão é vice de Itamar.

Palavra de ex-tucano

De Paulo Hartung (PPS-ES), sobre o projeto que perdoa as multas eleitorais dos políticos: ""Se FHC quer recuperar mais alguns pontos de popularidade, melhor do que abrir os cofres é vetar a anistia das multas eleitorais de senadores e deputados".

Visão interessada

Na avaliação pefelista, o PT é quem mais corre riscos em 2000: precisa reeleger Raul Pont (Porto Alegre), confirmar o favoritismo de Marta Suplicy (São Paulo) e jogar Benedita da Silva (Rio) no 2º turno. Se tropeçar em duas dessas eleições, será dado como derrotado.
TIROTEIO

De Wilson Santos (PMDB-MT), sobre projeto aprovado no Congresso anistiando as multas aplicadas a candidatos pela Justiça Eleitoral (FHC está analisando a proposta, para vetá-la ou sancioná-la):
- Nós fizemos a lei e a desrespeitamos. Agora, estamos nos anistiando. Para vergonha maior, só falta FHC sancionar.

CONTRAPONTO

Bomba em História
A Câmara Municipal de Manaus, capital do Estado do Amazonas, discutia no ano de 1989 a aprovação da nova Lei Orgânica do Município.
O vereador Jefferson Peres, hoje senador pelo PDT do Amazonas, travava uma discussão acalorada na tribuna do plenário da Casa.
Nervosamente, debatia com parlamentares contrários à aprovação de um determinado destaque ao projeto.
Em certo momento, o vereador, em tom exaltado, com o punho direito cerrado, dirigiu-se ao presidente da Casa, César Bonfim, e disparou o chavão:
- Presidente, todos nós sabemos que não basta à mulher de César ser honesta. Ela tem de parecer honesta!
A vereadora Lurdes Lopes, que acabara de entrar no plenário, correu ao microfone de apartes e reclamou, provocando gargalhadas:
- Alto lá! O nobre colega não tem o direito de falar assim! O que o senhor tem contra a mulher do presidente?

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