da Reportagem Local

O presidente do Conselho de Administração da Embraer, Carlos Leoni Rodrigues Siqueira, disse ontem que a possibilidade de transferência do controle acionário da empresa para grupos franceses, contida no relatório de Walter Bräuer, é um "equívoco de interpretação" da Aeronáutica.
"Como trata-se de um grupo muito forte, a Aeronáutica deve ter suposto que, no futuro, essa associação pode levar ao interesse dos franceses no controle da Embraer", disse Leoni. "Mas eles são acionistas minoritários com 20% das ações ordinárias", completou.
Segundo ele, nenhum acordo foi firmado nas Ilhas Cayman ou Bermudas e o idioma usado foi o inglês, porque é "a língua universal para formalizar contratos internacionais".
Leoni confirmou ter dito a Bräuer que a operação não dependia de avaliação da Aeronáutica, por meio da "golden share", pois se trata de um "contrato de compra e venda de ações".
"Não existe acordo para transferência do controle acionário da Embraer. Ele (Bräuer) pode citar o que quiser porque é mentira. Além disso, a Aeronáutica sempre terá poder de decisão na empresa graças à "golden share'", afirmou Leoni. Segundo ele, a Embraer buscou "parceiros estratégicos" no exterior "para crescer nas áreas em que não atua".


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