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Superávit primário
está maquiado,
afirma deputado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O superávit primário (receitas menos despesas, exceto pagamento de juros da dívida)
previsto no Orçamento de 2003
e no acordo com o FMI (Fundo
Monetário Internacional) está
maquiado, diz o deputado Sérgio Miranda (PC do B-MG).
Segundo Miranda, 43% dos
recursos previstos para compor o superávit do governo federal (sem estatais), calculado
em R$ 33,7 bilhões, são receitas
vinculadas por lei ou pela
Constituição. Ou seja, o governo não poderá usar o dinheiro
para pagar juros da dívida.
No acordo com o FMI, o superávit do setor público -que
inclui, além do governo federal,
os Estados, os municípios e as
estatais- é de 3,75% do PIB
(Produto Interno Bruto), o que
corresponde a R$ 53 bilhões.
A descoberta de Miranda
mostra que R$ 1,1 bilhão do
FAT (Fundo de Amparo ao
Trabalhador) irá compor o superávit primário em 2003. Outros recursos vinculados virão
da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), do Fundo de Previdência Social, entre outras fontes.
O deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) disse que as
críticas estão corretas. "Mas o
que podemos fazer agora? Não
temos alternativa neste momento. Seria preciso começar
tudo de novo e refazer o Orçamento."
(JS)
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