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SÃO PAULO
Após diplomação de eleitos, petistas lançam candidatura à presidência da Casa
PT confronta PSDB na Assembléia
DA REPORTAGEM LOCAL
A bancada do PT na Assembléia de São Paulo anunciou ontem, logo após a diplomação do governador reeleito Geraldo
Alckmin (PSDB), que pretende
disputar a presidência da Casa.
Os petistas elegeram a maior
bancada da Assembléia -23 deputados, cinco a mais que os tucanos- e, com base na tradição do
Legislativo estadual, dizem ter o
direito de indicar o próximo presidente, que substituirá Walter
Feldman (PSDB).
"Ainda não temos um nome definido, mas queremos o PSDB
apoiando um candidato nosso. A
tradição tem que ser mantida",
disse o deputado Carlinhos Almeida, líder do PT na Casa.
Os tucanos consideram o anúncio uma afronta, pois o governo
de Alckmin já assegurou a maioria parlamentar e, se não houver
consenso, os nomes serão submetidos à votação, em março.
O líder do governo na Assembléia, Duarte Nogueira (PSDB),
afirmou que seu partido não abre
mão da presidência. "Em nenhum lugar está escrito que o partido que faz a maior bancada tem
a presidência da Casa assegurada.
Se fosse assim, não haveria eleição", disse o deputado estadual.
A decisão do PT foi interpretada
pelos tucanos como uma reação
do partido às negociações entre o
PSDB e o PFL para a formação de
um bloco de oposição ao governo
Lula na Câmara dos Deputados.
Logo após ter sido diplomado
pela Justiça, na Assembléia, Alckmin pregou a importância de um
bom relacionamento entre Executivo e Legislativo, mas ressaltou
a independência.
Com Alckmin, foram diplomados os senadores eleitos por São
Paulo Aloizio Mercadante (PT) e
Romeu Tuma (PFL) e os deputados federais e estaduais do Estado
que tomam posse em 2003.
Enéas Carneiro (Prona), o deputado federal mais votado do
país, foi vaiado após ser chamado
para receber seu diploma.
Secretários
Nomes de novos integrantes do
governo Alckmin deverão ser conhecidos na próxima semana,
conforme afirmou ontem o governador reeleito. Três secretários
foram anunciados na terça -Arnaldo Madeira (Casa Civil), Andrea Calabi (Planejamento) e João
Carlos Meirelles (Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo), todos do PSDB.
Apenas metade dos atuais secretários deverá ser trocada.
Na última terça, a Assembléia
aprovou o Orçamento para o ano
que vem do governo, em um valor
total de R$ 54,6 bilhões.
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