São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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PERÍODO SABÁTICO

Cantor, que reclamou do salário, admite não tocar enquanto for ministro

"Vou ter que me virar", diz Gil

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

O provável futuro ministro da Cultura, Gilberto Gil, admitiu ontem que poderá abrir mão de fazer shows nos fins de semana durante seu período no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao ser questionado se manteria sua agenda de shows para eventos em empresas, ele respondeu: "Ainda não conversamos sobre isso. A lei é que vai avaliar isso. O que a lei disser, vou cumprir. Se não puder fazer shows, vou ter que me virar. A minha família também terá".
No início da semana, Gil ameaçou não aceitar o convite feito pelo presidente eleito para assumir o cargo por causa do salário de ministro, que é de R$ 8.500. Na ocasião, o cantor alegou que não teria como manter seu padrão de vida apenas com o salário do ministério.
Na terça-feira, Gil aceitou o convite com a condição de realizar shows nos fins de semana para poder complementar a sua renda mensal.
O cantor disse ontem que suas empresas -GG Produções e o selo Geléia Geral- não serão beneficiadas com incentivos fiscais do ministério durante sua gestão na pasta.
Apesar de dizer que ainda não é ministro, pelo fato de o presidente eleito não ter confirmado seu nome, o compositor já fala como titular da pasta.
Disse que não vai reclamar do orçamento do ministério, que é pequeno. "Em casa de pobre também se vive e vamos trabalhar", afirmou.
E anunciou que continuará gravando. "Quem sabe eu levo um gravador para dentro do gabinete no ministério e aproveito o tempo que tiver livre para tocar e gravar."


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