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PERÍODO SABÁTICO
Cantor, que reclamou do salário, admite não tocar enquanto for ministro
"Vou ter que me virar", diz Gil
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
O provável futuro ministro da
Cultura, Gilberto Gil, admitiu
ontem que poderá abrir mão de
fazer shows nos fins de semana
durante seu período no governo
de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao ser questionado se manteria sua agenda de shows para
eventos em empresas, ele respondeu: "Ainda não conversamos sobre isso. A lei é que vai avaliar isso. O que a lei disser,
vou cumprir. Se não puder fazer
shows, vou ter que me virar. A
minha família também terá".
No início da semana, Gil
ameaçou não aceitar o convite
feito pelo presidente eleito para
assumir o cargo por causa do salário de ministro, que é de R$
8.500. Na ocasião, o cantor alegou que não teria como manter
seu padrão de vida apenas com
o salário do ministério.
Na terça-feira, Gil aceitou o
convite com a condição de realizar shows nos fins de semana
para poder complementar a sua
renda mensal.
O cantor disse ontem que suas
empresas -GG Produções e o
selo Geléia Geral- não serão
beneficiadas com incentivos fiscais do ministério durante sua
gestão na pasta.
Apesar de dizer que ainda não
é ministro, pelo fato de o presidente eleito não ter confirmado
seu nome, o compositor já fala
como titular da pasta.
Disse que não vai reclamar do
orçamento do ministério, que é
pequeno. "Em casa de pobre
também se vive e vamos trabalhar", afirmou.
E anunciou que continuará
gravando. "Quem sabe eu levo
um gravador para dentro do gabinete no ministério e aproveito
o tempo que tiver livre para tocar e gravar."
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