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BRIGA NA RUA
Tumulto marcou diplomação de Leonel Damo
Em Mauá, petistas e verdes trocam socos
DO "AGORA"
Partidários do atual vice-prefeito e primeiro colocado nas
eleições à Prefeitura de Mauá
(ABC), Márcio Chaves (PT),
trocaram socos e empurrões
ontem de manhã em frente à
Câmara Municipal da cidade
com militantes de Leonel Damo (PV), segundo colocado
nas eleições declarado prefeito
na última sexta-feira. Os petistas protestavam contra a diplomação de Damo.
Segundo a Polícia Militar,
cerca de 500 pessoas estavam
no local, entre militantes petistas e pró-Damo. Um tomate
chegou a ser atirado contra Damo, mas não chegou a atingi-lo. A polícia teve que separar os
grupos para que a confusão
não se generalizasse em frente à
Câmara Municipal.
Uma mulher que estava no
local carregando uma sacola
com ovos foi levada para a delegacia, acusada de distribuir
os alimentos para que fossem
atirados contra Leonel Damo.
De acordo com a Polícia Militar, apesar do empurra-empurra, ninguém ficou ferido.
Segundo colocado no primeiro turno das eleições de 3
de outubro, Leonel Damo foi
declarado prefeito em 30 de outubro, depois que que os 91.910
votos recebidos por Márcio
Chaves foram considerados
nulos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Após Chaves ter entrado com
recurso contra a decisão, o TRE
(Tribunal Regional Eleitoral)
determinou que fosse realizado
segundo turno na cidade.
Essa decisão foi anulada pelo
TSE na última quinta-feira, depois de pedido de liminar de
Damo. Com a decisão do TSE,
a juíza Ida Del Cid, da Justiça
Eleitoral da cidade declarou
Damo prefeito.
Resta a Chaves apenas um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal), que poderia anular a cassação de sua candidatura. Isso aconteceria apenas se
a defesa achar algum ponto inconstitucional na decisão do
TSE. O advogado do petista,
Fernando Amaral, disse que
vai recorrer.
Técnicos do TSE acham que
são mínimas as chances de
Chaves ganhar a causa no STF,
já que, durante o processo, ele
entrou com cinco recursos e
perdeu todos.
Entenda o caso
No dia 3 de setembro, a Justiça Eleitoral de Mauá cassou a
candidatura de Márcio Chaves,
acusado de ter ferido a lei eleitoral que proíbe propaganda
institucional da prefeitura três
meses antes das eleições.
A Justiça considerou irregular a exposição "Túnel do Tempo", realizada em comemoração aos 50 anos da cidade, da
qual o petista é vice-prefeito.
Leonel Damo, acusa Chaves de,
durante a exposição, ter mandado distribuir folhetos de
campanha durante a exposição
da prefeitura. O petista nega as
acusações e diz que os impressos usados pela acusação como
prova foram, na verdade, distribuídos na convenção partidária do PT, portanto, antes do
início da campanha.
Colaborou a Redação
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