São Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2004

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PAINEL

Pechincha colombiana
Álvaro Uribe (Colômbia) também acaba de comprar um avião presidencial, um Boeing 737-700 de US$ 29 milhões. Ou seja, pagará US$ 27,7 milhões (cerca de R$ 79 milhões) a menos do que o governo Lula desembolsará por um Airbus.

Com ajuda do Tio Sam
Em vez de optar por comprar um avião novíssimo, Álvaro Uribe escolheu um Boeing usado do Departamento de Estado dos EUA, fabricado em 1999 e com apenas 22 horas de vôo.

Aliados da oposição
Lula pediu a interlocutores no PSDB e no PFL ajuda na aprovação da reforma política neste semestre. Defendeu o voto em lista partidária, restrição a mudanças de partido por dois ou três anos e o financiamento público.

Sem os pequenos
O presidente disse à oposição que tem o apoio do PMDB para a reforma política. PSDB e PFL prometeram votar a favor. Assim, o governo acha que compensa a insatisfação de PL, PTB e PP com o projeto da reforma. Esses avaliam que perdem com as mudanças propostas.

Salvo pelo gongo
Apesar de criticar quase diariamente a gestão de Anderson Adauto nos Transportes, Lula tende a mantê-lo por causa do vice-presidente José Alencar.

Aceno distante
Na berlinda nas Comunicações, Miro Teixeira, recém-saído do PDT, foi convidado por Lula a filiar-se ao PT. Acenou com a possibilidade de que seja o candidato petista ao governo do Estado do Rio em 2006.

"Tô nem aí"
Líder do governo no Congresso, Amir Lando (PMDB-RO) foi questionado ontem nos corredores sobre sua virtual substituição por Miro Teixeira. Como resposta, cantou um hit das rádios: "Tô nem aí, tô nem aí".

História reescrita
Uma semana após sancionar lei que acrescenta a letra "A" à sigla "MMDC", iniciais de quatro combatentes mortos durante a Revolução de 1932, o governador Alckmin voltou atrás.

Voz de especialistas
Alckmin optou por reabrir as discussões por causa da reação contrária de historiadores à mudança. O grupo de trabalho, coordenado pelo vice, Cláudio Lembo, reúne-se hoje.

Refresco parlamentar
Dos 32 itens da convocação extraordinária, 25 são para a Câmara e apenas sete para o Senado. Deputados que eram contrários à convocação reclamam que os senadores, que fizeram a pressão maior pelo período extra, terão menos trabalho.

Ao menos um emprego
O ator Paulo Júnior apareceu no horário eleitoral de Lula como o personagem João, aquele que pedia oportunidade e dava vivas ao petista. Ao menos a sua própria oportunidade surgiu: é garoto-propaganda da Intelig.

Racha do racha
O novo partido de esquerda, capitaneado por Heloísa Helena, nem nome tem e já está sob bombardeio. O PSTU critica o fato de a nova sigla ter tendências permanentes, como no PT.

Promessa é dívida
Aécio Neves se reúne com Palocci para cobrar a edição da MP que regulamenta a divisão da Cide (contribuição sobre combustíveis) com os Estados.

Calibres distintos
Procuradores acham que a PF forçou a mão nas acusações a Maluf e Luiz Estevão no relatório da Operação Anaconda e foi branda com policiais suspeitos.

Frente anticorrupção
Os deputados do PT Paulo Rubem e Antônio Biscaia reuniram 115 assinaturas para criar a Frente de Combate à Corrupção.

Visita à Folha
José Serra, presidente nacional do PSDB, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Da tucana Raquel Teixeira, sobre o PT ficar com um terço da verba do projeto Escola Ideal:
-O grande projeto do PT é o próprio PT. Depois, vem o compromisso com a educação.

CONTRAPONTO

Moedas em protesto

O petista Chico Alencar foi um dos seis deputados que abriram mão dos dois salários a mais que os parlamentares receberão na convocação extraordinária. Na segunda-feira, quando ia do seu gabinete ao plenário, o deputado foi alvo de piadas.
-Está sobrando? Vou dar o número da minha conta para você transferir a sua grana extra- provocou um colega.
-É deixar para o governo pagar juros- disse outro.
No plenário, Alencar subiu à tribuna, que desde segunda não tem mais os vidros que separavam as galerias dos deputados:
-Agora não precisamos temer os mal-educados que antes nos atingiam com moedas, quando sentiam seus interesses contrariados- discursou.
-Todo o Brasil sabe que ganhamos muito bem. Jogar dinheiro em cima de parlamentar é promover a reconcentração de renda- gracejou.


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