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Vítima de bomba
em 1968 faz pedido
de pensão a Lula
DA AGÊNCIA FOLHA, NO GUARUJÁ
No último dia de Carnaval
do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva no Guarujá, ele
recebeu uma carta no Forte
dos Andradas, onde se hospedou com a primeira-dama,
Marisa Letícia.
Orlando Lovecchio Filho,
61, deixou na portaria carta
em que pleiteia pensão mensal de R$ 20 mil, similar à dada a perseguidos políticos no
regime militar. Ele teve a
perna esquerda amputada
por causa de uma bomba que
explodiu quando, em 1968,
passava em frente ao Consulado dos EUA, em São Paulo.
Em janeiro, quando Lula
passava férias no forte, Lovecchio entregou pedido
idêntico. Recebeu uma resposta protocolar.
Na segunda-feira, outro
aposentado, José Gomes
Jordão, havia entregue carta
a Lula, pedindo pagamento
integral de aposentadorias
do fundo de pensão Aerus,
dos funcionários da Varig.
Lovecchio Filho não era
integrante da esquerda armada nem do aparato repressivo. "Até as pessoas que
organizaram o atentado ganharam [a pensão]", diz.
Segundo ele, o valor corresponde à aposentadoria de
um piloto comercial, profissão que tentava seguir na
época. Hoje, o aposentado
mora em Santos (SP) e vive
do aluguel de imóveis e da
pensão mensal de R$ 500.
A União e Estados reconhecem sua responsabilidade pela tortura, morte e desaparecimento de opositores
durante o regime militar. No
período, militantes da esquerda armada cometeram
crimes de assalto, seqüestro
e morte.
(JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
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