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ALIADOS EM CRISE
Para assinar, senador Jader Barbalho diz ser preciso incluir outras irregularidades no requerimento
ACM assina pedido para instaurar CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) assinou ontem
o requerimento das oposições
propondo a criação de uma CPI
para investigar denúncias de corrupção no governo, elevando para 21 as assinaturas de senadores
(16 da oposição e 5 da base aliada). São necessárias 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara.
Ao contrário de ACM, o presidente do Senado, Jader Barbalho
(PMDB-PA), continuou mantendo o suspense. Depois de ler o requerimento levado a ele pelo líder
do bloco da oposição no Senado,
José Eduardo Dutra (PT-SE), Jader afirmou que falta incluir ""uns
dois ou três" casos de irregularidades na administração pública.
""Assinarei, desde que incluam
outros itens", disse Jader, sem revelar as denúncias que pretende
acrescentar no requerimento.
Dutra fez uma contraproposta:
que Jader assinasse o requerimento tal como foi elaborado e,
depois da instalação, seria feito
um aditamento.
Até as 19h30 , Jader não havia
assinado o pedido. Ele disse que o
presidente FHC ""compreenderá"
sua eventual decisão de assinar o
requerimento da CPI, embora ele
tenha considerado ""deslealdade"
o apoio de aliados à sua criação.
Já o líder do governo no Senado,
José Roberto Arruda (PSDB-DF),
afirmou que a ""CPI está morta"
porque não haverá número suficiente de assinaturas e há um
acordo entre os líderes governistas para barrar a iniciativa.
Os outros aliados que assinaram, segundo a Folha apurou,
são: Pedro Simon (PMDB-RS),
José Fogaça (PMDB-RS), Maguito Vilela (PMDB-GO) e Waldeck
Ornélas (PFL-BA).
O requerimento das oposições
propõe investigação de denúncias
contra o ex-secretário-geral da
Presidência da República Eduardo Jorge, de irregularidades no
processo de privatização das teles
e o caso Banpará, entre outros.
Na Câmara, a chamada bancada
carlista não deve seguir ACM.
"Não vou assinar o pedido. Pelo
menos por enquanto. A CPI só se
justifica quando os instrumentos
ordinários de investigação se tornam ineficientes", disse José Carlos Aleluia (PFL-BA).
O deputado Paulo Magalhães
(PFL-BA), sobrinho de ACM,
também não assinou. "Só vou assinar se for em bloco e se o bloco
decidir assinar", afirmou, referindo-se aos 18 deputados da Bahia
que seguem ACM. Nos partidos
aliados a FHC, a oposição conseguiu ontem a assinatura do deputado Affonso Camargo (PFL-PR).
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