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PT X PT
Lugares que prefeita frequenta a impendem de ver que o Brasil já está na UTI, diz Heloísa Helena, em resposta
Idéias da esquerda petista poriam país na UTI, afirma Marta
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova vice-presidente do PT, a
prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, defendeu ontem os juros altos e criticou os radicais do partido. "Não temos outra linha. É o
que o ministro [Antonio Palocci
Filho, da Fazenda] tem dito aos
seus diferentes interlocutores que
se opõem a essa política. Qual é a
alternativa? Se você for pegar as
alternativas do [deputado federal]
Babá e da [senadora] Heloísa Helena, você põe o Brasil na UTI
amanhã", afirmou.
Em resposta a uma pergunta sobre a manutenção dos juros básicos de 26,5% ao ano, agora com
viés de alta, Marta afirmou que
"não é com satisfação que qualquer petista vê as medidas que estão sendo tomadas, mas é com total e irrestrito apoio".
Ao criticar as declarações de
Marta Suplicy, a senadora Heloísa
Helena (PT-AL), tida como integrante da ala radical do partido,
disse que os lugares frequentados
pela prefeita a impedem de ver
que o país já está na UTI.
"A prefeita, além de reproduzir
argumentos pretensamente científicos, apenas mostra que os lugares que ela frequenta a impendem de ver que o Brasil já está na
UTI", afirmou a senadora.
Heloísa Helena aproveitou as
declarações de Marta para criticar
a cidade administrada pela petista. "São Paulo igualmente [está na
UTI]. Mesmo que não seja nos
dramáticos dias de chuva."
Não é a primeira vez que Heloísa Helena troca farpas com integrantes do PT. Em fevereiro, nas
eleições para a presidência do
Congresso, a senadora se recusou
a votar em José Sarney (PMDB-AP), candidato apoiado pelo PT.
A decisão da senadora acarretou em um bate-boca público entre ela e a cúpula petista, que
ameaçou expulsá-la do partido.
"A senadora Heloísa Helena está irritando o PT", chegou a dizer
o presidente do partido, José Genoino, após a votação.
Êxito
Marta disse que até agora o que
tem visto "é um êxito grande da
política econômica do governo
Lula", com o fracasso das previsões "de caos, de fuga de crédito e
de aumento do risco Brasil".
"Não aconteceram [as previsões] por quê? Por que acham o
Brasil grande, bonito e rico? Não.
Não aconteceram por causa das
medidas que Palocci tomou."
Sobre as cobranças que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
vem fazendo em relação à velocidade de implantação dos programas sociais do governo, Marta
disse que "o presidente está sendo
muito duro com ele mesmo". Para ela, "é natural que haja percalços" na implantação de um projeto do porte do Fome Zero.
"Fico contente em ver que o
presidente está sempre exigindo o
máximo e a maior agilidade de todos. Faz parte do [Poder] Executivo fazer isso. Hoje vi em um jornal
que ele estava com insônia de vez
em quando. Também faz parte."
A vice-presidente do PT defendeu a participação do PMDB no
governo como parte da formação
de uma aliança para facilitar a
aprovação no Congresso das reformas pretendidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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