São Paulo, sábado, 21 de abril de 2001

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PAINEL

Dia seguinte
A ala carlista do PFL vai tentar articular uma nova carta de apoio a ACM na reunião da Executiva do partido, em São Luís, na segunda. Ameaçado de cassação, o baiano precisa, e muito, da solidariedade de colegas que até pouco tempo eram mote de adjetivos nada lisonjeiros.

Saída de emergência
ACM vai tentar convencer a cúpula do PFL de sua inocência na reunião de São Luís. Quer jogar toda a responsabilidade sobre a fraude no painel eletrônico de votação em José Roberto Arruda (PSDB), ex-líder de FHC.

Barreira sanitária
O PSDB já decidiu que nenhum líder do partido irá sair em defesa de Arruda. O diagnóstico é que o senador tucano está queimado com a opinião pública e precisa ser isolado para não contaminar o partido.

Tempo de reflexão
FHC telefonou anteontem para líderes governistas do Congresso antes de viajar. Pediu sugestões para pôr fim à crise sem manchar seu governo. Falou que volta a procurá-los no retorno do encontro do Canadá.

Limpeza geral
Piada pronta: a Presidência fechou nesta semana nove contratos para fornecimento de inseticida e material de limpeza para o Palácio do Planalto. Total da fatura: R$ 15.596,20.

Prevenção de acidentes
Secretário-geral do PSDB, Márcio Fortes pretendia discursar na Câmara na última quarta para defender a filiação de Pedro Malan (Fazenda) ao partido. Desistiu quando lembrou que teria de encarar José Serra (Saúde) no dia seguinte, no casamento da filha do ministro.

Orquestra afinada
O PT já tem um discurso ensaiado para o caso de a lista de votação da cassação de Luiz Estevão ser divulgada: o documento não tem credibilidade, pois não conta com o cabeçalho nem com o timbre do Senado.

O céu é o limite
Bispo Rodrigues (PL), da Igreja Universal, diz que nove deputados do partido assinarão o pedido de CPI da corrupção na próxima terça-feira. Comentário de uma parlamentar: "O risco maior é o de ele se encontrar com Deus no final de semana".

Franco-atirador
Itamar Franco (PMDB) vai dar sua contribuição particular para a crise no Congresso. Na próxima quarta, o governador mineiro estará em Brasília, na Câmara, para atirar em FHC, nos aliados e na privatização de Furnas.

Namoro de ocasião
Enquanto o PPS de Ciro Gomes faz oposição a FHC em Brasília, deputados estaduais do partido negociam em SP o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) na sucessão estadual. Os parlamentares contam com mudanças na Secretaria de Habitação.

Mais do mesmo
Título da nota da direção do PDT sobre o resultado da convenção do partido: "PDT Renovado: Brizola é reconduzido à presidência do partido".

Tempos de crise
Faltou fôlego ao trompetista que tocou ontem o hino nacional na Câmara de SP em evento com a participação de Luiz Inácio Lula da Silva, Marta Suplicy, José Dirceu e Tarso Genro.

Heróis ao mar
FHC mandou sua assessoria estudar uma forma de condecorar como heróis os 11 petroleiros mortos no acidente da plataforma de Campos da Petrobras.

Visita à Folha
Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio-fundador da MBA Associados e editor da revista "República Primeira Leitura", visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Reinaldo Azevedo, diretor de redação da revista e do site "Primeira Leitura".

TIROTEIO

De Paulo Hartung (ES), líder do PPS no Senado, sobre o aumento da taxa de juros anunciado pelo Banco Central:
- De barbeiragem em barbeiragem na política monetária, Armínio Fraga vai acabar conseguindo importar a crise argentina para o Brasil.

CONTRAPONTO

Discurso afinado

Dom Paulo Evaristo Arns conduziu a cerimônia do casamento da filha do ministro tucano José Serra (Saúde), anteontem à noite, em São Paulo.
Em determinado momento da celebração, o arcebispo emérito de São Paulo recomendou aos noivos, Verônica Serra e Alexandre Bourgeois, que tivessem muito amor pelos animais, pelas flores e pelo Brasil.
A frase "amem o Brasil" ecoou nos ouvidos dos convidados mais atentos.
Sentado em uma fileira bem na frente, o petista José Genoino, sempre criticado no PT por suas relações amistosas com a base aliada, deu um pulo no banco e virou-se para falar com o líder do governo no Congresso, Arthur Virgílio (PSDB).
Mais rápido, Virgílio não deixou Genoino falar, provocando gargalhadas:
- Não vem, não. Esse (d. Paulo) eu vou filiar antes de você!


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