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Outro lado
Acusados afirmam desconhecer acusações
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza federal Maria Cristina Cukierkorn disse ontem,
por meio de sua assessoria, que
está "estarrecida" com a ação
da Polícia Federal em seu gabinete. Ela afirmou ainda não saber quais são as acusações que
pesam contra ela.
O desembargador Nery da
Costa Júnior também afirmou
desconhecer as acusações e disse estar "muito indignado" com
o envolvimento de seu nome na
Operação Têmis. "Não favoreci
empresa nenhuma e nunca dei
liminar para bingo. E, se tivesse
dado, qual seria o problema?
Não haverão de dizer que tenho
julgado contra a lei. Julgo de
acordo com o meu convencimento e com amparo legal."
Flávia Jurno, advogada do
procurador da Fazenda Nacional Sérgio Gomes Ayala, também afirmou que não sabe qual
é a acusação contra o seu cliente, mas disse que "não tem
qualquer tipo de irregularidade
contra ele".
Segundo ela, Ayala não poderia falar com a reportagem para
comentar o assunto porque estava de férias. A advogada disse
ainda que ele irá "colaborar
com o pessoal que fez a diligência [na sua residência]." "Fomos pegos de surpresa."
A Telefônica emitiu nota em
que afirma que "o mandado [de
busca e apreensão] foi expedido visando vistoriar não as instalações da empresa, mas especificamente a mesa de trabalho
de um único empregado", e da
casa do mesmo. A empresa diz
que afastou o funcionário e
abriu uma sindicância interna
para apurar os fatos -o que não
representa "nenhuma espécie
de pré-julgamento".
A Folha ligou ontem para a
casa do juiz federal Manoel Álvares. Uma pessoa informou
que ele não poderia atender e
retornaria em seguida, o que
não ocorreu até o fechamento
desta edição.
Uma funcionária do escritório do advogado Luiz Roberto
Pardo informou à reportagem
que ele não estava no local, mas
que pediria a ele para retornar
depois, o que também não
ocorreu até o fechamento desta
edição. A Folha não conseguiu
localizá-lo ontem em sua casa.
O desembargador Roberto
Haddad também não foi localizado. A Folha deixou recado
no celular de seu advogado, Antonio Nabor Areias Bulhões,
mas não recebeu resposta.
A reportagem tentou obter
contato com o juiz Djalma Moreira Gomes por meio da assessoria de comunicação da Justiça Federal e São Paulo, mas não obteve resposta.
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