São Paulo, sábado, 21 de abril de 2007

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Outro lado

Acusados afirmam desconhecer acusações

DA REPORTAGEM LOCAL

A juíza federal Maria Cristina Cukierkorn disse ontem, por meio de sua assessoria, que está "estarrecida" com a ação da Polícia Federal em seu gabinete. Ela afirmou ainda não saber quais são as acusações que pesam contra ela.
O desembargador Nery da Costa Júnior também afirmou desconhecer as acusações e disse estar "muito indignado" com o envolvimento de seu nome na Operação Têmis. "Não favoreci empresa nenhuma e nunca dei liminar para bingo. E, se tivesse dado, qual seria o problema? Não haverão de dizer que tenho julgado contra a lei. Julgo de acordo com o meu convencimento e com amparo legal."
Flávia Jurno, advogada do procurador da Fazenda Nacional Sérgio Gomes Ayala, também afirmou que não sabe qual é a acusação contra o seu cliente, mas disse que "não tem qualquer tipo de irregularidade contra ele".
Segundo ela, Ayala não poderia falar com a reportagem para comentar o assunto porque estava de férias. A advogada disse ainda que ele irá "colaborar com o pessoal que fez a diligência [na sua residência]." "Fomos pegos de surpresa."
A Telefônica emitiu nota em que afirma que "o mandado [de busca e apreensão] foi expedido visando vistoriar não as instalações da empresa, mas especificamente a mesa de trabalho de um único empregado", e da casa do mesmo. A empresa diz que afastou o funcionário e abriu uma sindicância interna para apurar os fatos -o que não representa "nenhuma espécie de pré-julgamento".
A Folha ligou ontem para a casa do juiz federal Manoel Álvares. Uma pessoa informou que ele não poderia atender e retornaria em seguida, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.
Uma funcionária do escritório do advogado Luiz Roberto Pardo informou à reportagem que ele não estava no local, mas que pediria a ele para retornar depois, o que também não ocorreu até o fechamento desta edição. A Folha não conseguiu localizá-lo ontem em sua casa.
O desembargador Roberto Haddad também não foi localizado. A Folha deixou recado no celular de seu advogado, Antonio Nabor Areias Bulhões, mas não recebeu resposta.
A reportagem tentou obter contato com o juiz Djalma Moreira Gomes por meio da assessoria de comunicação da Justiça Federal e São Paulo, mas não obteve resposta.


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