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memória
Patrimônio de magistrados foi alvo em 1999
DA REPORTAGEM LOCAL
Na edição de 11 de julho de
1999, a Folha publicou reportagem sobre o patrimônio dos desembargadores
Roberto Haddad e Theotonio Costa, do TRF-3, revelando que os dois ostentam
uma riqueza que contrasta
com o padrão de vida comum dos juízes brasileiros.
O levantamento serviu de
base para investigações da
Receita Federal e do Ministério Público Federal, culminando com o afastamento
dos magistrados pelo STJ.
Uma pesquisa revelara
que Haddad tinha imóveis
no litoral, morava num apartamento luxuoso e adquirira
nos dois últimos anos imóveis rurais. Entre 1997 e
1999, ele e sua então mulher,
Maria Cristina Aparecida Figueiredo de Souza Haddad,
adquiriram oito chácaras em
Salto de Pirapora. Possuíam
33 veículos cadastrados no
Detran-SP. Haddad coleciona carros antigos e é dono de
uma superlancha de 53 pés.
Era sócio de Maria Cristina na Shelter Dock Marine,
criada para construir e explorar marinas para embarcações de recreio. Com o irmão, Carlos Alberto, é sócio
da oficina Reno-Car, um dos
alvos da operação de ontem.
A Procuradoria Geral da
República tenta reverter no
STF a decisão que permitiu a
Haddad reassumir o cargo
no TRF-3. Ele ainda é alvo de
ação de improbidade no STJ.
No parecer em que pediu o
arquivamento do inquérito
sobre o suposto enriquecimento ilícito, a subprocuradora-geral da República
Cláudia Sampaio sustenta
que "o que se vê claramente
nos autos é a ocorrência de
fatos que podem ser caracterizados como atos de improbidade administrativa, que
abrangeriam enriquecimento ilícito e conduta incompatível com o cargo de magistrado". O advogado Antônio
Nabor Areias Bulhões diz estar convencido de que o STF
manterá a decisão de trancar
a ação contra seu cliente.
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