JOSIAS DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Coordenação de Fiscalização da Receita Federal decidiu esquadrinhar o patrimônio dos suspeitos de envolvimento com a máfia do jogo. Encontram-se sob auditagem todos os 25 presos da Operação Hurricane, incluindo desembargadores, advogados e chefes do jogo. Analisa-se também o cotidiano fiscal do ministro do STJ Paulo Medina, cuja prisão não foi decretada. Decidiu-se ainda perscrutar a vida tributária da deputada Marina Maggessi (PPS-RJ).
Maggessi foi apontada no inquérito da Polícia Federal como suposta beneficiária de doações ilegais provenientes de um "esquema de contribuição para campanhas" gerido pela máfia do jogo.
Os procedimentos da Receita encontram-se em sua fase preliminar. As declarações de Imposto de Renda dos investigados estão sendo cotejadas com o patrimônio e com a movimentação bancária de cada um.
Nos casos em que houver discrepâncias, serão abertos procedimentos formais de fiscalização. Nessa fase, o fisco irá informá-los de que se encontram sob procedimento fiscal e intimá-los a prestar esclarecimentos.
A Receita age com motivação estritamente tributária. Tenta detectar a eventual sonegação de tributos, como já fez em outros escândalos.