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Banco Central bloqueia contas bancárias de 40 envolvidos
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central bloqueou,
por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), a
movimentação financeira de
40 pessoas físicas e jurídicas investigadas pela Polícia Federal
em meio à Operação Hurricane, que apura o envolvimento
de magistrados, advogados e
empresários em negociações
ilegais para a venda de sentenças judiciais em benefícios da
exploração da jogatina.
O conjunto de correntistas
que não poderá movimentar
suas contas compreende os 25
presos pela PF na última sexta-feira e outras 15 pessoas físicas
e jurídicas que estão sob investigação policial.
Na última semana ocorreram
três tentativas de saques por
parte dos presos somando R$
3,7 milhões. Duas destas tentativas seriam da mesma família,
segundo a Folha apurou.
Com base na análise do material apreendido na Hurricane, que passa das duas toneladas de documentos e equipamentos, a PF prepara um pedido de rastreamento internacional de operações financeiras
realizadas pelos suspeitos.
O principal alvo é o advogado
Virgílio Medina, irmão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.
Desde 2001 o grupo investigado pela PF caiu na malha fina
do Coaf (Conselho de Controle
de Atividades Financeiras).
O nome de 14 dos 25 presos
na Hurricane consta de sete relatórios produzidos pelo Coaf.
Os informes sobre movimentações financeiras atípicas somam operações feitas por 87
pessoas. Entre elas, estão os alvos da operação policial.
Os negócios considerados
suspeitos pelo mercado financeiro e informados ao Coaf somam R$ 217 milhões. Os nomes
dos envolvidos são mantidos
sob sigilo. As operações ocorreram entre 2001 e 2006.
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