São Paulo, sábado, 21 de abril de 2007

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Desembargador acusou colegas de irregularidades na eleição do TRF

DA SUCURSAL DO RIO

O desembargador José Eduardo Carreira Alvim, vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região até a semana passada, acusou de irregularidades ao menos dois colegas durante as tumultuadas eleições para a nova cúpula da Casa, em 1º de março.
Os subsídios usados para Carreira Alvim atacar os rivais na disputa pela presidência do tribunal fariam parte de dossiês reunidos por ele com dados contra ao menos quatro magistrados do tribunal, segundo relatório da Polícia Federal.
Candidato à presidência do TRF-2 como seu mais antigo integrante, Carreira Alvim esperava se eleger baseado no princípio da antigüidade. Alvo da insatisfação dos pares por medidas polêmicas -como a suspensão de decisões de turmas de desembargadores e a concessão de "liminares futuras" para réus que sequer haviam apresentado recursos-, ele foi derrotado por 15 a 9.
A eleição foi palco de discussões entre os magistrados.
A campanha já havia sido controversa. O atual presidente, Joaquim Antonio Castro Aguiar, afirmou ter recebido no gabinete uma "visita" de pessoa que o teria intimidado, exigindo que desistisse da eleição.
Carreira Alvim afirmou que o atual presidente teria conseguido um edital para permitir que o filho, Ricardo Aguiar, entrasse na faculdade de Direito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) sem prestar vestibular, em 2001.
Castro Aguiar afirmou que seria processado e o caso seria levado a público caso se candidatasse. "Ou me candidatava ou vestia a carapuça", disse o atual presidente, segundo o site Consultor Jurídico.
Carreira Alvim também acusou outro colega, de quem teria sido fiador, de não pagar o aluguel devido de um imóvel.


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