São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2004

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Ex-ministro afirma que encaminhou denúncia

DA REPORTAGEM LOCAL

Ministro da Saúde no último ano da gestão FHC, Barjas Negri afirma que enviou à Polícia Federal denúncias de irregularidades na pasta. Uma delas na área de hemoterapia.
Atual secretário da Habitação do tucano Geraldo Alckmin, ele deixará o cargo no dia 2 de junho para concorrer à Prefeitura de Piracicaba, no interior paulista. Leia abaixo trechos da entrevista. (FABIO SCHIVARTCHE)
 

Folha - Houve algum tipo de irregularidade no Ministério da Saúde durante a sua gestão?
Barjas Negri -
Não. Tanto é que no período de 1998 a 2002 todos os processos de licitação de medicamentos e vacinas foram transparentes, sem nenhuma denúncia de irregularidade ou favorecimento. E a distribuição de medicamentos foi contínua.

Folha - E antes de o senhor assumir o ministério?
Negri -
Em 1997, quando o governo fechou a central de medicamentos, surgiram várias denúncias. O que as motivou? Acho que foi o fim dos contratos que estavam em vigor. Algo semelhante deve ter ocorrido no ano passado, pois em 2002 nós alteramos as regras da licitação, obrigando as empresas a oferecer pelo menos 50% dos produtos. Algumas não devem ter gostado.

Folha - Algum ex-assessor de sua época de ministro pode estar envolvido nas atuais denúncias?
Negri -
Não acredito. Liguei hoje para pessoas de Brasília para saber o que está acontecendo.

Folha - O que está acontecendo?
Negri -
Não sei, não vi o processo. Mas o ministro agiu corretamente pedindo a investigação.

Folha - O senhor se recorda de denúncias semelhantes em 2002?
Negri -
Houve muitas sindicâncias. Todas eram mandadas para a Polícia Federal.

Folha - Houve alguma sindicância na área de hemoderivados?
Negri -
Teve um processo na área de hemoterapia, que hoje roda no Ministério Público de São Paulo. Mas não lembro detalhes.

Folha - Seu ex-assessor, Platão Fisher, pode estar envolvido nas irregularidades?
Negri -
Que eu saiba, não.


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