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Ex-ministro afirma que encaminhou denúncia
DA REPORTAGEM LOCAL
Ministro da Saúde no último
ano da gestão FHC, Barjas Negri
afirma que enviou à Polícia Federal denúncias de irregularidades
na pasta. Uma delas na área de hemoterapia.
Atual secretário da Habitação
do tucano Geraldo Alckmin, ele
deixará o cargo no dia 2 de junho
para concorrer à Prefeitura de Piracicaba, no interior paulista. Leia
abaixo trechos da entrevista.
(FABIO SCHIVARTCHE)
Folha - Houve algum tipo de irregularidade no Ministério da Saúde
durante a sua gestão?
Barjas Negri - Não. Tanto é que
no período de 1998 a 2002 todos
os processos de licitação de medicamentos e vacinas foram transparentes, sem nenhuma denúncia
de irregularidade ou favorecimento. E a distribuição de medicamentos foi contínua.
Folha - E antes de o senhor assumir o ministério?
Negri - Em 1997, quando o governo fechou a central de medicamentos, surgiram várias denúncias. O que as motivou? Acho que
foi o fim dos contratos que estavam em vigor. Algo semelhante
deve ter ocorrido no ano passado,
pois em 2002 nós alteramos as regras da licitação, obrigando as
empresas a oferecer pelo menos
50% dos produtos. Algumas não
devem ter gostado.
Folha - Algum ex-assessor de sua
época de ministro pode estar envolvido nas atuais denúncias?
Negri - Não acredito. Liguei hoje
para pessoas de Brasília para saber o que está acontecendo.
Folha - O que está acontecendo?
Negri - Não sei, não vi o processo. Mas o ministro agiu corretamente pedindo a investigação.
Folha - O senhor se recorda de denúncias semelhantes em 2002?
Negri - Houve muitas sindicâncias. Todas eram mandadas para
a Polícia Federal.
Folha - Houve alguma sindicância
na área de hemoderivados?
Negri - Teve um processo na
área de hemoterapia, que hoje roda no Ministério Público de São
Paulo. Mas não lembro detalhes.
Folha - Seu ex-assessor, Platão
Fisher, pode estar envolvido nas irregularidades?
Negri - Que eu saiba, não.
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