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Nota liga acusador a empresa de ônibus
DA REPORTAGEM LOCAL
Em nota divulgada na tarde de
ontem, a secretária municipal de
Santo André Miriam Belchior e o
ex-secretário Gilberto Carvalho
insinuam que o que motivou o
depoimento de João Francisco
Daniel é o fato de ser ele "representante dos interesses" da Expresso Guarará.
A empresa de transportes é de
propriedade de Luiz Alberto Gabrilli, que prestou depoimento ao
Ministério Público Estadual na
condição de vítima do suposto esquema de extorsão.
João Francisco teria, segundo a
nota, solicitado "mudança nas regras do contrato que a empresa
mantém com a prefeitura", no
que não foi atendido. "Essa medida não atendeu aos interesses da
empresa e do sr. João Francisco,
mas era a única atitude que a legalidade exigia", diz a nota.
Carvalho e Belchior atribuem
também as declarações de João
Francisco ao "desequilíbrio emocional visível que se abateu sobre
ele desde a morte do irmão".
Dizem os signatários da nota
que "as afirmações do sr. João
Francisco Daniel, atribuindo-nos
declarações e informações, não
correspondem à verdade."
"Não somos pessoas que amealhamos riquezas materiais, mas
não abriremos mão do nosso
principal patrimônio, que é nossa
honra", diz o texto, lido por Carvalho a repórteres. Por orientação
de seus advogados, Carvalho e
Belchior não deram declarações
adicionais à imprensa.
Também foi lida nota da Prefeitura de Santo André, assinada pelo secretário municipal de Governo, Mário Maurici de Lima Moraes. A nota diz que a prefeitura
vai contratar uma auditoria independente para analisar os contratos, "de forma a que não paire nenhuma dúvida acerca da sua moralidade, regularidade e legalidade" e que a administração municipal "não tem conhecimento de
que sejam verdadeiros quaisquer
fatos noticiados pela imprensa
acerca da denúncia apresentada
pelo Ministério Público".
Os contratos da prefeitura, segundo a nota, têm sido permanentemente auditados internamente pelo Tribunal de Contas de
São Paulo, "sem que este órgão tivesse apurado nenhum elemento
que consubstanciasse quaisquer
das irregularidades apontadas".
Uma terceira nota foi lida na entrevista coletiva, assinada pelo secretário de Serviços Municipal de
Santo André, Klinger Sousa.
"As acusações feitas contra a
minha pessoa são absurdas. Prefiro manifestar-me sobre o assunto
somente após um exame detalhado do processo por meus advogados. Por ora, afirmo que, sem dúvida, há motivação política na
acusação", diz a nota, lida pelo secretário de Comunicação de Santo André, Eduardo Luiz Correia
-Klinger não estava presente.
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