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61% são a favor de descriminar o aborto
da Reportagem Local
Entre uma lista de assuntos considerados polêmicos apresentada
aos leitores, o que consegue maior
unanimidade é a reforma agrária,
apoiada por 85%.
A maioria dos entrevistados defende que o aborto deixe de ser
considerado crime (61%), mas,
quando o assunto é maconha,
69% dizem que os usuários devem
continuar a ser punidos. Na população em geral, 81% são contra
descriminar a maconha, segundo
pesquisa Datafolha feita em 95.
O tema que mais divide o leitorado é a pena de morte: 51% são contra, 45% são a favor e 4% não têm
opinião formada. Sobre privatização, a maioria é a favor de vender a
Petrobrás e o Banco do Brasil.
O principal problema do país, na
opinião dos leitores, é a saúde. Em
seguida, praticamente empatados
em grau de importância, aparecem o desemprego e a educação.
Em um patamar abaixo, as preocupações reveladas pelo Perfil do
Leitor são com segurança, pobreza e moradia.
O grau de interesse do leitor da
Folha por política é intermediário.
Enquanto 28% se declaram muito
interessados, 34% se dizem pouco
ou nada interessados no assunto.
A maior fatia, 38%, diz ter "mais
ou menos" interesse por política.
A maioria (59%) não é filiada
nem simpatizante de nenhum partido político. Entre os que manifestam preferência partidária, o
PT (15%) e o PSDB (13%) dividem
a liderança.
Comparando-se os resultados de
97 com as pesquisas anteriores,
nota-se que o pico de interesse por
política ocorreu em 1989, ano da
primeira eleição presidencial
pós-64, e manteve-se alto até 1993,
logo após o impeachment do
ex-presidente Collor.
A partir de 1995, o interesse por
política e o grau de participação
(medido pela filiação e simpatia a
partidos) diminuíram -consequência talvez da estabilidade econômica provocada pelo Real.
O leitor é crítico em relação às
principais instituições do país. A
imprensa e a Igreja Católica são as
únicas que recebem nota acima de
5: 7,1 e 6, respectivamente. Os empresários recebem nota 5.
Os políticos, o Congresso Nacional, o Judiciário, a polícia, os militares, os sindicatos e o governo federal recebem "nota vermelha"
dos leitores do jornal.
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