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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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PAINEL

Amor à profissão
Na viagem à Europa, Lula relaxou: "Eu já estou achando que quatro anos só é pouco", afirmou o presidente, entre risos, a integrantes de sua comitiva.

Bola de cristal
Lula voltou a fazer, na Europa, previsões para 2006: "Geraldo Alckmin deverá ser o candidato do PSDB (à Presidência)".

Filme antigo
O Planalto proibiu a Radiobrás de captar áudio ao filmar audiências de Lula. É para evitar o registro de alguma eventual gafe do presidente.

Dupla jornada
Subchefe da Casa Civil para assuntos jurídicos, José Toffoli também dá plantão nos tribunais acompanhando os processos nos quais o PT tenta tirar Joaquim Roriz do governo do DF. Sem muito sucesso: já foram arquivadas 29 de 33 ações.

Chamada oral
Líder do governo no Congresso, Amir Lando (PMDB) estoca munição para alvejar Gustavo Franco, ex-presidente do BC, em depoimento na terça na CPI do Banestado e aferir seu envolvimento na evasão de divisas.

Reação organizada
Palavra de um governador ligado aos ruralistas: entidades de produtores estão realmente recomendando o armamento dos proprietários para reagir a tentativas de invasão do MST.

Tesoura afiada
A União segurou R$ 30 mi do Arquivo Nacional e do Museu Nacional, obras com as quais Oscar Niemeyer daria por concluída a construção de Brasília.

Afago tucano
Arthur Virgílio (PSDB) deu dois livros de Milton Hatoum a Aloizio Mercadante (PT), com o qual vive às turras no Senado. Em um deles, "Dois irmãos", lavrou a dedicatória: "Não sei se ele [o autor] é tucano ou petista. Bom brasileiro sei que ele é."

A conferir
O governo avalia que a definição do projeto da reforma tributária a ser enviada ao Congresso ocorrerá com um "grau de estresse bem menor", em comparação com o processo de mudança na Previdência.

Primeiros socorros
A equipe que prepara a viagem de Lula à África subsaariana está preocupada com a disseminação da Aids na região, que concentra 70% dos casos registrados no mundo. Por precaução, vai levar sangue em bolsas.

Cartão de visitas
O petista Humberto Costa (Saúde) diz hoje o que o seu ministério vai fazer nos próximos quatro anos no combate à Aids. Prioridade: a transmissão do vírus HIV de mãe para filho.

Faroeste caboclo
A ciumeira na coordenação política de Lula chegou ao ponto em que líderes e ministros raramente se dirigem uns aos outros sem uma boa dose de sarcasmo.

Não sai mesmo
Antonio Palocci (Fazenda) sentou em cima de projeto de Cristovam Buarque (Educação) para aumento salarial de professores. Há mais de três meses. O ministro da Educação já pensa em pedir um reajuste.

Reprise eleitoral
Líderes da Câmara querem criar uma fase de transição na reforma política, a fim de aprovar o voto por lista fechada para o Legislativo (não se votaria mais num candidato, apenas na legenda). Na disputa de 2006, os deputados encabeçariam as listas de seus partidos respeitando a ordem da última eleição.

Canto da sereia
Somente a partir de 2008 as listas fechadas seriam montadas pelos partidos, sem privilégio para parlamentares. A regra de transição é uma tentativa dos líderes de obter o apoio do "baixo clero", que é contra a reforma do sistema por considerar que favorecerá os caciques.

TIROTEIO

Do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), sobre Gesival Gomes, o delegado da PF que investiga os grampos ilegais da Bahia, não ter concluído o inquérito após cinco meses:
-Será que o acordão envolveu a Polícia Federal?

CONTRAPONTO

Identidade secreta

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, fez dias atrás uma blitz no Hospital do Mandaqui, na zona norte da cidade.
Na entrada, o secretário deparou-se com um segurança que não portava crachá. E notou que, pelos corredores do hospital, quase ninguém usava a identificação.
Irritado, Barradas virou-se para o segurança e perguntou:
-Como o senhor deixa as pessoas circularem livremente sem portar o crachá?
O rapaz olhou para o secretário e, calmamente, respondeu:
-Eu conheço todo mundo, doutor. Inclusive o senhor, caro secretário. Não precisa se preocupar, não.
Cada vez mais irritado, Barradas continuou:
-Mas eu não te conheço, não! O senhor, por acaso, é do serviço secreto? Então, por favor, coloque o crachá de identificação!


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