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SÃO PAULO
Candidato socialista à segunda suplência da vaga de senador na chapa do PDT se recusa a fazer campanha
PSB diverge sobre apoio a Francisco Rossi
da Folha Ribeirão
O apoio do PSB à candidatura
Francisco Rossi (PDT) em São
Paulo não é unânime e pode rachar a coligação que disputa o governo estadual.
Algumas das principais figuras
do PSB paulista estão criticando a
candidatura Rossi.
Ontem, o segundo suplente de
senador na chapa de Francisco
Rossi, Leopoldo Paulino (PSB),
colocou o cargo à disposição de
seu partido e disse que não irá votar no pedetista.
Segundo Paulino, Rossi vem defendendo medidas "que nada têm
a ver com o socialismo".
De acordo com a coligação homologada na convenção do mês
passado, a vaga ao Senado pertence ao deputado federal Almino Affonso (PSB). A primeira suplência
foi indicada pelo PDT.
No primeiro semestre, Paulino
chegou ser cotado para ser vice de
Rossi, mas desistiu. "Não vou incluir o nome dele (Rossi) em material de campanha, muito menos
votar nele. Já comuniquei o Almino da minha decisão e coloquei
meu cargo à disposição se isso
causar qualquer tipo de constrangimento", disse.
Segundo Paulino, Rossi vem defendendo subsídios à produção de
álcool e adotando posição privatista, contrária ao posicionamento
de Leonel Brizola, candidato a vice
na chapa de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) à Presidência.
Paulino já marcou uma uma
reunião com o diretório do partido em Ribeirão para definir sua
posição em relação à coligação.
A primeira vice-presidente da
Executiva Nacional do PSB, Luiza
Erundina, afirmou que compreende a decisão de Paulino, já
que também não irá fazer campanha para o pedetista.
"Não estou questionando a
aliança com o PDT, mas não tenho vontade nem disposição para
fazer a campanha dele", disse
Erundina, ex-prefeita paulistana
pelo PT.
Erundina se manifestou contrária à aliança entre o PDT e PSB por
causa da trajetória política de Rossi. "Ele pertenceu à Arena (Aliança Renovadora Nacional) e apoiou
o Fernando Collor. Ele não tem
nada a ver com o socialismo."
Ela, no entanto, não acredita
que a decisão dela e de Paulino
provoque uma crise na coligação.
"Respeitamos a posição da maioria do nosso partido".
De acordo com a assessoria de
Rossi, o pedetista não iria se pronunciar ontem sobre o assunto. A
Folha também tentou falar com
Affonso, sem sucesso.
Ele deverá se reunir com Paulino
ainda nesta semana.
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